Um homem de 49 anos foi preso nesta sexta-feira (20) sob suspeita de estuprar uma criança de apenas seis anos na cidade de Amontada, localizada no interior do Ceará. A ação criminosa ganhou notoriedade quando a própria vítima gravou o abuso e compartilhou o vídeo no status do WhatsApp do suspeito. O crime aconteceu em 7 de outubro e foi denunciado à polícia pela mãe da criança na noite de segunda-feira (9).
A denúncia foi formalizada na cidade de Itapipoca, que abriga a delegacia plantonista da região. O suspeito foi levado para prestar depoimento, mas acabou sendo liberado horas mais tarde, conforme esclareceu a Polícia Civil, devido à falta de flagrante, uma vez que a denúncia foi feita dois dias após o ocorrido.
No entanto, sua prisão se concretizou nesta sexta-feira, após um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Única da Comarca de Amontada. A Polícia Civil conseguiu localizar e deter o homem em uma residência na localidade de Cabatã, na mesma cidade.
O indivíduo foi conduzido à Delegacia Regional de Itapipoca, onde o mandado de prisão pelo crime de estupro de vulnerável foi cumprido. Atualmente, ele está à disposição do Poder Judiciário aguardando as devidas medidas legais.
O vídeo que evidencia o estupro foi gravado pela própria vítima e compartilhado no status do WhatsApp do suspeito, presumivelmente sem o conhecimento deste. Após a circulação das imagens, pessoas próximas aos envolvidos denunciaram o caso às autoridades.
De acordo com informações obtidas pelo g1, a criança vítima do estupro é sobrinha da então esposa do agressor. Após tomar conhecimento do crime, a mulher teria se separado do suspeito. O crime teria ocorrido após a mulher ter solicitado que ele cuidasse da criança enquanto ela estava ausente.
O caso toma um novo rumo com o envolvimento de policiais. Os agentes que estiveram envolvidos na condução do homem acusado de abusar da criança estão sob investigação pela Corregedoria Geral de Disciplina do Ceará (CGD). O incidente ocorreu no município de Amontada, situado na região norte do estado.
Em comunicado, a CGD informou que “instaurou procedimento disciplinar para apuração do fato e suas consequências para todos os envolvidos na seara administrativa”. O caso passou por pelo menos duas delegacias da Polícia Civil: o boletim de ocorrência foi registrado pela mãe da vítima na Delegacia Regional de Itapipoca, uma vez que a Delegacia Municipal de Amontada não opera durante o período noturno.
Da Delegacia de Itapipoca, a denúncia foi encaminhada para a Delegacia de Amontada, que assumiu a responsabilidade pela investigação. Entretanto, segundo o g1, dez dias após o registro do boletim de ocorrência, a equipe policial ainda estava tomando conhecimento dos autos.