O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, manifestaram-se nas redes sociais neste sábado (15) para condenar veementemente a agressão sofrida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e sua família em um aeroporto na capital italiana. O incidente ocorreu quando o magistrado foi hostilizado e seu filho acabou sendo agredido com um soco no rosto.
Dino expressou sua indignação em sua conta no Twitter, questionando até quando indivíduos extremistas agirão de maneira violenta contra agentes públicos, mesmo quando estes estão acompanhados de suas famílias. O ministro da Justiça classificou o comportamento dos agressores como criminoso e demonstrou repúdio por aqueles que acreditam poder fazer qualquer coisa apenas por possuírem dinheiro no bolso. Ele também criticou a falta de educação elementar dessas pessoas, que desejam ser consideradas parte de uma “elite”.
Rodrigo Pacheco, por sua vez, utilizou a mesma plataforma para condenar o ato de agressão, considerando-o inaceitável. O presidente do Congresso Nacional destacou que esse tipo de comportamento afasta o país do progresso almejado, além de minar os pilares fundamentais das instituições, da democracia e das relações pacíficas. Pacheco enfatizou a importância de todos os setores da sociedade colaborarem para manter o antagonismo restrito ao campo das ideias e das ações legítimas, ressaltando a necessidade de substituir o ódio pelo respeito e, se possível, pelo amor.
Diversos outros parlamentares também se manifestaram a respeito do incidente. A deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) e a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) estão entre aqueles que condenaram o ato de violência. Jandira destacou que essa agressão é resultado do ódio e da ignorância daqueles que alimentam um projeto autoritário e antidemocrático para o país. Ambas demonstraram solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes e sua família.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), autor de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que atribui ao STF a competência para julgar ações antidemocráticas, declarou que buscará votar o texto no próximo mês. Calheiros argumentou que a agressão sofrida pelo ministro Alexandre de Moraes reforça a necessidade de punir os crimes de ódio, alguns dos quais já são tipificados. Ele ressaltou a importância de enquadrar a intolerância política, mencionando o “pacote da Democracia” que propôs e sua intenção de procurar o relator Veneziano do Rego e o presidente para votarem a proposta em agosto.
O ataque ao ministro Alexandre de Moraes gerou uma forte reação dos representantes políticos, que expressaram sua indignação diante da violência sofrida por um membro do Supremo Tribunal Federal e sua família. As autoridades esperam que os agressores sejam identificados e punidos rigorosamente de acordo com a lei. A solidariedade ao magistrado e sua família é evidente em todas as manifestações, ressaltando a importância de preservar as instituições democráticas e promover o respeito mútuo.