A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quinta-feira (4) o ex-presidente Jair Bolsonaro no caso das joias sauditas, enviando o relatório parcial ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do caso.
Funcionamento de organização criminosa revelado
A investigação revelou o funcionamento de uma organização criminosa dedicada ao desvio e venda de presentes de autoridades estrangeiras durante o governo Bolsonaro. Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), tais presentes deveriam ser incorporados ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), não sendo permitido seu acervo pessoal.
Indiciamento de 12 investigados, incluindo ex-ajudante de ordens e advogado
Além de Bolsonaro, a PF indiciou mais 11 pessoas, incluindo Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, seu pai, general Mauro Lourenna Cid, e o advogado Frederick Wasseff. O caso agora segue para a Procuradoria-Geral da República, que decidirá sobre a denúncia ao Supremo.
Esculturas e relógios entre itens desviados
Entre os itens desviados estão esculturas folheadas a ouro e relógios de alto valor, como um Patek Phillip e um Rolex, parte dos quais foram transportados no avião presidencial.
Reações e defesas
A defesa de Bolsonaro ainda não se pronunciou, enquanto o senador Flávio Bolsonaro criticou o indiciamento nas redes sociais, acusando a PF de perseguição. O advogado Fábio Wajngarten, também indiciado, considerou ilegal seu envolvimento no caso das joias, alegando que orientou a devolução dos itens ao TCU.
Próximos passos
Com o indiciamento dos acusados, o caso agora aguarda os próximos passos da Procuradoria-Geral da República, em um desdobramento que promete novos capítulos no cenário político nacional.