No projeto solo, Orlângelo se distancia do Dona Zefinha, grupo cenomusical que fundou e atua há 25 anos como ator, interprete, diretor artístico, compositor e músico, para encontrar outros parceiros pelo mundo e seguir novas aventuras estéticas sem perder o elo e contato com o “grupo que foi sua escola, faculdade, mestrado e doutorado”. Radicado na cidade de Itapipoca desde 2010, Orlângelo cumpre agenda da trupe Dona Zefinha realizando shows, cooperando na produção do grupo e ainda sobra tempo para compor inspirado na terra dos 3 climas, seu povo e suas histórias. “Muitas canções são compostas rotineiramente, porém nem todas chegam ao público” explica o artista. Agora chegou a hora de tirar algumas canções da gaveta e compartilhar.Em “Canção da Resiliência” Orlângelo divide a interpretação da música com a estreante Ariadna Sampaio, umas das interpretes da nova safra de artistas da cidade de Itapipoca, que começou a cantar aos 15 anos em saraus e bares. Em sua primeira gravação, Ariadna traz a suavidade como potência e revela a voz de alguém que deseja mudança, enquanto ouve ecos de uma voz interior/maturidade interpretada por Orlângelo.
O single foi Gravado e mixado no Estúdio Varanda Criativa por Gustavo Portela que também fez a linha de baixo. Os músicos Yago Fernando (sanfona) e Samuel Furtado (Rabeca) trazem um clima armorial sertanista em contraponto as modernas programações e batidas de Erivan Produtos do Morro. O single veio acompanhado do vídeo clipe que contou com a direção de arte e imagens de Joelia Braga. Joelia é casada com Orlângelo e juntos formam parceria há 18 anos de muito amor e arte, parceria familiar que vem gerando bons resultados audiovisuais. O clipe foi Gravado no açude do Ipu Mazagão em Itapipoca, uma semana antes da reclusão social por conta do COVID-19, e foi inspirado no folheto do poeta Paraibano Manoel Camilo dos Santos “Viagem ao país de São Saruê”, “Lá os rios são de leite barreiras de carne assada, lagoas de mel de abelha atoleiros de coalhada, açudes de vinho do porto montes de carne guisada”. Conduzindo o espectador ao universo onírico através das cores, dos sabores, dos movimentos e composições de imagens poéticas, a personagem principal (Ariadna) parte em busca de alternativas para uma vida renovada, simples e minimalista.
A música “Canção da Resiliência” já tinha sido lançada em formato “live session” com participação de Ariadna Sampaio em novembro de 2018 no canal Youtube da banda Dona Zefinha, após o resultado conturbado das eleições do mesmo ano. Composta por Orlângelo como presente para a coreografa e dançarina Cearense Valeira Pinheiro, após uma conversa ao telefone, quando a mesma, revelou que estava fechando o Teatro Das Marias que ficava situado na Praia de Iracema em Fortaleza onde atuou durante 15 anos como centro cultural, por falta de apoio e condições financeiras em decorrência as dificuldades de setores da cultura e da cadeia produtiva das artes no Brasil nos últimos tempos. Agora na versão remix o público poderá saborear “Canção da Resiliência” (single/clipe) em todas as plataformas digitais a partir do dia 08/04/20. Para celebrar o lançamento acontecerá uma Live com Orlângelo e Ariadna Sampaio às 16h20 do dia 08/04 no Instagram dos artistas: @orlangeloleal e @ariadnasamp.
Veja o clipe completo:
Mais Sobre Orlângelo
Ator, dramaturgo, palhaço, diretor teatral, cantor e compositor. Artista cearense que desde 1992 vem se apresentando nos principais palcos do Brasil com espetáculos de teatro, dança e música. Escreveu, atuou, musicou e dirigiu vários espetáculos com o grupo Dona Zefinha lançando cinco discos com músicas de sua autoria: “Cantos e Causos” – 2001; “Zefinha vai a Feira” – 2007; o álbum infantil “O Circo sem teto da lona furada dos Bufões” e o livro/Cd “Invocado – Um Jeito Brasileiro de ser musical” – Flávio Paiva/Armazém da Cultura e “Da Silva – El Hijo de Las Américas” (2018. Coprodução com o grupo Argentino Pato-Mojado. Independente. 12 faixas). Recebeu por 02 vezes o Prêmio Nacional FUNARTE de Dramaturgia com os textos: “As Prosopopeias de Casimiro Coco”(2004) e “Noite Serena de Lua Cheia”(2005). Em 2014 publicou o livro de dramaturgia “Artes da Enganação” pela Casa de Teatro Dona Zefinha. No exterior excursionou nos Estados Unidos, Argentina, Espanha, Hungria, Guiana Francesa, Cabo Verde Coreia do Sul, Alemanha, Portugal, Colômbia e Chile. Em 2016 estreou o espetáculo solo “Autômato – programado para divertir”. Atualmente faz direção musical do Festival da Diversidade Cultural Tangolomango, e é gestor cultural da Casa de Teatro Dona Zefinha.
Mais sobre Ariadna Sampai
Ariadna Sampaio, hoje com 20 anos, começou a cantar em saraus nas noites de Itapipoca ainda com 15 anos. Logo depois, fez participações em vídeos e shows da banda Dona Zefinha perdeu o medo do palco e deu início a apresentações em bares. Hoje faz parte das bandas Desabrigados e Lutemos.
Fonte: Sobral Online