O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) detectou, por meio de estudos geográficos, uma potencial presença de ouro e ferro (teor de 40% a 85%) nas cidades de Itapipoca e Irauçuba na Região Norte do Ceará, como também em Mombaça, no Sertão Central. As informações sobre a descoberta vão ser apresentados na próxima quinta-feira (29), a partir das 14h30 no auditório do Departamento de Geografia, da Universidade Federal do Ceará, Campus do Pici.
De acordo com o estudo, também em Itapipoca foram cadastradas novas ocorrências de mármores, utilizados para extração de cal, rochas de pegmatitos favoráveis à extração de mica e feldspato, e rochas de diatomitos. Para uso na construção civil, a área oferece materiais para brita, pedra para pavimentação, areia e rocha ornamental como migmatitos, granitos e gnaisses enderbíticos (conhecido como verde netuno), diz o estudo. Além desses recursos minerais, no município, há registros de fósseis de megafauna preservados nos chamados “tanques naturais”.
Em Irauçuba foram destaque as anomalias de prata, chumbo e Elementos Terras Raras (Cério e Lantânio), além das ocorrências de mármore calcítico, ferro, manganês e fosfato/urânio. Também ocorrem para utilização na construção civil areia, brita e rocha ornamental, com destaque para albita granito.
Já na região geológica de Mombaça há potencialidade, conforme o estudo, para substâncias metálicas como ferro, manganês e cobre, destacando-se principalmente às várias ocorrências de cromita associadas a corpos máficos-ultramáficos. Como materiais para uso na construção civil a área tem potencial para brita e rochas ornamentais.
A pesquisa identifica os vestígios de minerais em áreas com potencialidade para ação de indústrias e empresas que realizam extração.