Manuela Vitória de Araújo Farias, brasileira que foi detida na Indonésia no ano passado por tráfico de cocaína, conseguiu escapar da terrível pena de morte. Após um longo processo judicial, ela foi condenada a cumprir 11 anos de prisão e pagar uma multa superior a R$ 300 mil.
Representando a família da jovem no Brasil, o advogado Davi Lira da Silva compartilhou seu alívio com a decisão do tribunal. Segundo ele, a defesa esperava uma pena menor, de 8 anos, mas considera a sentença uma verdadeira vitória, considerando a gravidade do sistema penal do país asiático. O advogado comparou o caso com o de um brasileiro recentemente condenado a 30 chibatadas por comportamento inadequado, demonstrando a severidade das leis locais.
De acordo com informações fornecidas pelo advogado, Manuela foi presa em flagrante no aeroporto de Bali, na Indonésia, com quase três quilos de cocaína em sua bagagem. A prisão ocorreu em 31 de dezembro do ano anterior. As autoridades acreditam que ela tenha sido usada como “mula” por criminosos, os quais a envolveram no tráfico de drogas ainda no aeroporto de Santa Catarina, antes de sua partida para Bali.
O caso de Manuela reacende as preocupações sobre brasileiros envolvidos em tráfico internacional de drogas. Em 2015, o carioca Marco Archer Cardoso Moreira foi executado na Indonésia, tornando-se o primeiro brasileiro condenado à morte no exterior por esse crime hediondo.
Apesar do alívio de não ter recebido a pena capital, Manuela agora enfrentará um longo período de prisão, além da obrigação de pagar a multa estipulada pelo tribunal. Sua história serve como um alerta sobre as consequências graves e irreversíveis do tráfico de drogas, especialmente em países com leis rigorosas como a Indonésia.