Os Estados Unidos realizaram ataques aéreos no Iraque e na Síria, visando mais de 85 alvos ligados à Guarda Revolucionária do Irã (IRGC) e às milícias por ela apoiadas. Os bombardeios, que incluíram o uso de bombardeiros B-1 de longo alcance, foram uma resposta ao ataque fatal contra tropas norte-americanas ocorrido no último fim de semana na Jordânia, atribuído a militantes apoiados pelo Irã.
A operação, os primeiros ataques desse tipo, intensificou um conflito regional que se desdobrou desde o início dos confrontos entre Israel e o Hamas. Os EUA alertaram que mais operações militares são esperadas nos próximos dias.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, condenou os ataques como “outro erro aventureiro e estratégico dos Estados Unidos”, prevendo mais tensão e instabilidade na região. O Iraque apresentou um protesto formal, enquanto as Forças de Mobilização Popular do Iraque relatam 16 membros mortos, incluindo civis.
Na Síria, 23 pessoas foram mortas nos ataques, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos. O tenente-general dos EUA, Douglas Sims, afirmou que os ataques foram bem-sucedidos, provocando grandes explosões secundárias nos depósitos de armamentos dos militantes, reconhecendo a probabilidade de vítimas civis.
Apesar da escalada, o Pentágono afirmou não buscar guerra com o Irã. O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, indicou que esses ataques são apenas o início da resposta planejada. O Irã, por sua vez, afirma não buscar o conflito, enquanto o presidente Ebrahim Raisi promete uma resposta veemente a qualquer intimidação.
A reação internacional diverge, com a Grã-Bretanha apoiando os EUA como seu “aliado inabalável”, enquanto o Irã minimiza os ataques. A situação permanece tensa, com o mundo observando o desenrolar das ações e reações na região.