Na madrugada desta segunda-feira (11), a Rússia foi alvo de um ataque massivo de 337 drones ucranianos, o maior desde o início da invasão da Ucrânia, em 2022. A região de Moscou foi duramente atingida, resultando na morte de uma pessoa e deixando três feridos.
O ataque ocorre poucas horas antes das conversas na Arábia Saudita entre representantes ucranianos e norte-americanos, que buscam uma solução para o conflito. Segundo o Ministério da Defesa russo, as defesas aéreas do país conseguiram interceptar e destruir os 337 drones, sendo 91 na região de Moscou e 126 em Kursk, na fronteira com a Ucrânia.
As regiões de Bryansk e Belgorod, também na fronteira, assim como Ryazan, Kaluga, Voronezh e Nizhny Novgorod, foram igualmente atacadas. O presidente da Câmara de Moscou, Sergei Sobyanin, declarou que o ataque foi repelido e que os serviços de emergência atuam nos locais atingidos.
O governador da região de Moscou, Andrei Vorobiov, confirmou a morte de um trabalhador do setor agroindustrial e informou que três pessoas ficaram feridas nos subúrbios do sul da capital russa. A empresa Miratorg, proprietária do centro de distribuição atingido, lamentou a perda do funcionário.
O impacto do ataque foi sentido em edifícios residenciais, onde janelas foram estilhaçadas e varandas sofreram danos. O aeroporto internacional de Vnukovo teve suas operações suspensas, enquanto os demais aeroportos de Moscou implementaram restrições temporárias, conforme informou a agência de aviação Rosaviatsia.
A ofensiva também antecede a visita a Moscou do secretário-geral da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (Osce), Feridun Hadi Sinirlioglu, que terá reuniões com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. A diplomacia russa criticou o ataque e insinuou que tais ofensivas privam a Osce de seu papel na segurança e cooperação europeia.
Este não é o primeiro grande ataque contra o território russo. Em dezembro passado, um ataque semelhante danificou prédios e forçou evacuações na cidade de Kazan.
Enquanto isso, na Arábia Saudita, a Ucrânia pretende apresentar aos Estados Unidos uma proposta de cessar-fogo parcial, com foco em uma “trégua no ar e no mar”. A reunião em Jeddah marca um novo momento de negociação entre as partes desde a última visita do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky à Casa Branca, em fevereiro.