O papa Francisco, de 88 anos, continua apresentando sinais de melhora em sua luta contra uma pneumonia dupla, conforme informou o Vaticano nesta sexta-feira (28). No entanto, ele não presidirá a tradicional cerimônia da Quarta-feira de Cinzas, em 5 de março, que marca o início do período cristão da Quaresma.
Internado há duas semanas no Hospital Gemelli, em Roma, desde o dia 14 de fevereiro, o pontífice foi diagnosticado com uma infecção respiratória grave que resultou em complicações adicionais. Embora não tenha sido divulgado um prazo para sua alta, a ausência na celebração indica que sua hospitalização pode se estender na próxima semana. A cerimônia será conduzida por uma autoridade do Vaticano.
Na quinta-feira (27), uma nova atualização médica indicou que o estado de saúde do papa “continua a mostrar melhora”, mas os médicos mantêm um prognóstico cauteloso devido à complexidade do quadro clínico. Uma fonte do Vaticano, que optou pelo anonimato, afirmou que esta foi a segunda declaração consecutiva sem classificar a condição de Francisco como “crítica”. “Talvez possamos dizer que ele passou da fase mais crítica”, afirmou a fonte.
O cardeal Michael Czerny, chefe do Escritório de Desenvolvimento Humano do Vaticano, declarou ao jornal italiano La Stampa que o pontífice está melhorando, ainda que “mais lentamente do que gostaríamos”.
Desde que assumiu o papado em 2013, Francisco enfrentou diversos problemas de saúde, incluindo uma tendência a infecções pulmonares devido a uma pleurisia sofrida na juventude, que resultou na remoção de parte de um pulmão. A pneumonia dupla, seu atual diagnóstico, é uma infecção severa que afeta ambos os pulmões, podendo causar inflamação e cicatrização, dificultando a respiração. No último sábado (24), Francisco sofreu uma “crise respiratória prolongada semelhante à asma”, mas o episódio não se repetiu desde então.