Em um anúncio que causou grande repercussão no país e no mundo, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, declarou lei marcial nesta terça-feira (3). A notícia foi veiculada em um discurso televisionado não anunciado, transmitido ao vivo pela emissora YTN, gerando apreensão e incerteza sobre o futuro da nação.
Yoon justificou a medida drástica como uma necessidade para “salvaguardar a ordem livre e constitucional” do país, alegando que a oposição, liderada pelo Partido Democrático, tem utilizado o processo parlamentar para “lançar o país em uma crise”. O presidente acusou o partido de obstruir o governo e de ter ligações com a Coreia do Norte, classificando-os como “desprezíveis forças antiestatais pró-norte-coreanas que estão saqueando a liberdade e a felicidade de nosso povo”.
“Declaro a lei marcial para proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas, para erradicar as desprezíveis forças antiestatais 1 pró-norte-coreanas que estão saqueando a liberdade e a felicidade de nosso povo e para proteger a ordem constitucional livre”, afirmou Yoon em seu pronunciamento.
A declaração de lei marcial ocorre em meio a um acirramento das tensões políticas no país, com o Partido Democrático, que detém a maioria no Parlamento, apresentando uma moção para destituir alguns dos principais promotores do país e rejeitando a proposta orçamentária do governo. Yoon, por sua vez, acusa a oposição de paralisar o país com ações que considera “antiestatais”.
O presidente não detalhou quais medidas serão implementadas sob a lei marcial, o que aumenta a ansiedade e a expectativa da população. A Coreia do Sul não vivenciava uma situação semelhante desde 1979, e a decisão de Yoon levanta preocupações sobre o futuro da democracia no país e a possibilidade de um retrocesso autoritário.
A comunidade internacional observa com atenção os desdobramentos da crise política na Coreia do Sul, enquanto o país se encontra em um momento de grande incerteza e apreensão.