O Prêmio Nobel de Medicina de 2024 foi concedido nesta segunda-feira (7) aos cientistas norte-americanos Victor Ambros e Gary Ruvkun por suas notáveis contribuições à ciência com a descoberta do microRNA, uma molécula essencial no controle da regulação da atividade genética. A descoberta foi descrita pela Assembleia do Nobel como um “princípio fundamental que rege a forma como os organismos se desenvolvem e funcionam”.
O microRNA desempenha um papel crucial na regulação da expressão genética, sendo responsável por inibir a tradução de genes em proteínas, processo que define a função e estrutura das células. A pesquisa de Ambros e Ruvkun revelou como essas pequenas moléculas podem controlar genes envolvidos em processos tão variados quanto o desenvolvimento embrionário, o envelhecimento e até a progressão de doenças, incluindo câncer e distúrbios neurológicos.
Essa é uma das maiores conquistas na biologia molecular, pois desvendou uma nova camada de controle genético que antes não era reconhecida. Segundo a Assembleia do Nobel, essa descoberta “abre novas possibilidades para tratamentos médicos e avanços biotecnológicos”, sendo uma base para terapias que podem alterar diretamente a expressão de genes.
O Prêmio Nobel de Medicina é o primeiro dos seis prêmios a serem anunciados este ano. Nos próximos dias, os prêmios de Física, Química, Literatura, Ciências Econômicas e o da Paz serão divulgados, seguindo a tradição anual estabelecida desde 1901, quando os primeiros prêmios foram concedidos.
Os Prêmios Nobel foram criados pelo químico e inventor sueco Alfred Nobel, famoso por inventar a dinamite. Em seu testamento de 1895, Nobel estipulou que sua vasta fortuna fosse usada para premiar indivíduos que realizassem grandes feitos em benefício da humanidade, divididos em diversas áreas do conhecimento e atuação.
A descoberta dos microRNAs e seus impactos na medicina, especialmente na biologia celular e molecular, coloca os pesquisadores Victor Ambros e Gary Ruvkun como protagonistas de uma revolução científica que poderá moldar as próximas décadas de pesquisa genética e desenvolvimento de novas terapias.