O ex-jogador de futebol Daniel Alves defendeu-se das acusações de agressão sexual durante seu depoimento nesta quarta-feira (7) em um tribunal de Barcelona. Calmo, mas emocionado, o ex-lateral direito de 40 anos afirmou que o encontro com a mulher em uma boate da cidade em 2022 foi consensual, refutando veementemente as acusações de violência.
Alves relatou que a mulher tocou seus órgãos genitais durante uma dança e, posteriormente, o acompanhou voluntariamente ao banheiro, onde ocorreram atos sexuais consentidos por ambas as partes. Ele ressaltou que em nenhum momento forçou a mulher a manter relações sexuais ou agiu violentamente, afirmando categoricamente: “Não sou esse tipo de homem. Não sou um homem violento”.
O depoimento de Alves marcou o encerramento de três dias de testemunhos no julgamento, que agora passa para a fase de deliberação por um painel de três juízes.
O ex-jogador enfrenta acusações da promotoria pública por supostamente forçar a mulher a ter relações sexuais sem consentimento e sem utilizar proteção. Enquanto a promotoria solicita uma sentença de nove anos de prisão e uma indenização de 150 mil euros à vítima, esta pede uma sentença de 12 anos.
Daniel Alves, detido desde janeiro do ano anterior, inicialmente negou qualquer envolvimento sexual com a mulher, alegando desconhecê-la. Posteriormente, admitiu ter mantido relações consensuais, justificando que inicialmente mentiu para proteger seu casamento.
O caso ganhou destaque não apenas pela notoriedade de Alves, mas também por se tornar um ponto político sensível na Espanha, onde a questão de agressão sexual é amplamente discutida.
No início desta semana, duas amigas da mulher que acusa Alves testemunharam que o ex-jogador as assediou na mesma noite do suposto incidente, antes da alegada agressão sexual à sua amiga.