As Nações Unidas fizeram uma denúncia contundente nesta quarta-feira (31) após a operação israelense realizada no Hospital Ibn Sina, em Jenin, que resultou na morte de três palestinos. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUD) classificou o incidente como uma “execução extrajudicial planejada”. Entre as vítimas, encontra-se um jovem de 18 anos com paralisia parcial devido a ferimentos anteriores.
O Exército israelense alegou que os palestinos mortos estavam planejando ataques terroristas em Israel. No entanto, a denúncia da ONU levanta questões sobre a legitimidade e a proporcionalidade da operação.
Enquanto isso, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (Ocha) destacou as dificuldades crescentes no envio de ajuda para a Faixa de Gaza. Autoridades israelenses negaram o acesso a uma significativa porção das missões humanitárias planejadas para janeiro, afetando especialmente hospitais e unidades de saúde.
O relatório também ressaltou a ampla evacuação da população em Gaza, resultante de ordens de retirada emitidas pelas autoridades israelenses após o fim de um cessar-fogo em dezembro.
As hostilidades recentes, concentradas na cidade de Khan Yunis, no sul de Gaza, levaram a confrontos próximos aos hospitais Al-Nasser e Al-Amal. O Crescente Vermelho Palestino relatou vítimas entre deslocados internos no Al-Amal, onde as forças israelenses invadiram instalações humanitárias.
Além disso, o relatório mencionou a detenção de um grande número de homens palestinos em um posto de controle de segurança em Khan Yunis, com relatos de tratamento desumano e transferências para locais desconhecidos.
Recentemente, agências das Nações Unidas assinaram uma declaração conjunta pedindo aos Estados que não interrompam o financiamento da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA). A suspensão de ajuda por alguns doadores, devido a alegações de colaboração com o Hamas por funcionários da UNRWA, levanta preocupações sobre consequências catastróficas para a população de Gaza, alertaram as agências da ONU em comunicado conjunto.