No tribunal de Tel Aviv, as vítimas baseiam sua ação nas informações de possíveis ameaças conhecidas pelas autoridades israelenses. A negligência alegada teria permitido que o Hamas perpetrasse os ataques perto do kibbutz Rei`m. O grupo afirma que uma simples ligação das Forças de Defesa de Israel ao comandante do evento poderia ter evitado perdas de vidas e lesões.
A petição, totalizando 200 milhões de shekel (50 milhões de euros), abrange danos físicos, psicológicos e despesas médicas. Sobreviventes detalham crimes ocorridos durante o evento e como os membros do Hamas escaparam durante as seis horas de ação armada.
O documento é direcionado não apenas ao Ministério da Defesa e ao Exército, mas também ao Serviço de Segurança (Shin Bet) e à polícia de Israel. O conflito recente entre Israel e o Hamas, desencadeado pelo ataque do Hamas em 7 de outubro, resultou em 1.140 mortes, a maioria civis. Israel retaliou, prometendo destruir o movimento palestino, levando a ataques contínuos na Faixa de Gaza.
Segundo o governo local, mais de 22 mil pessoas foram mortas, a maioria civis, e mais de 54 mil ficaram feridas. Infraestruturas foram destruídas, forçando cerca de 2 milhões de pessoas a abandonar suas casas. A Faixa de Gaza enfrenta uma crise humanitária com colapso de hospitais, surtos de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade. Desde 7 de outubro, mais de 300 palestinos foram mortos pelo Exército israelense e ataques de colonos na Cisjordânia e Jerusalém leste, áreas ocupadas por Israel.