A Comissão Europeia anunciou nesta quinta-feira (6) uma significativa redução nos limites permitidos para o uso de nitritos e nitratos como aditivos alimentares, intensificando sua luta contra o câncer no âmbito do Plano Europeu de Luta contra o Câncer. Estes aditivos, amplamente utilizados na conservação de carnes curadas e processadas, agora estarão sujeitos a restrições mais rigorosas, com o objetivo de reduzir a exposição às nitrosaminas, algumas das quais são conhecidas por serem cancerígenas. Além disso, a medida visa a proteção contra bactérias patogênicas, como listeria, salmonella e clostridia, proporcionando um avanço na segurança alimentar na União Europeia.
A redução dos limites foi aprovada por unanimidade pelos Estados-membros da União Europeia, embasada em uma avaliação científica conduzida pela Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar. Essa decisão representa um passo significativo no compromisso da UE em promover alimentos mais seguros e saudáveis para seus cidadãos.
De acordo com o comunicado da Comissão Europeia, os operadores das empresas do setor alimentício terão um período de dois anos para se adaptar às novas diretrizes. Durante esse período de transição, as empresas terão a responsabilidade de ajustar suas práticas de produção e formulação de produtos para cumprir os novos limites estabelecidos.
Os nitritos e nitratos são aditivos alimentares frequentemente utilizados para diversos fins, incluindo conservação e coloração de alimentos durante o processo de fabricação. A legislação da União Europeia define esses aditivos como “qualquer substância que não é normalmente consumida como alimento em si mesma e que não é normalmente utilizada como ingrediente característico dos produtos, quer tenha ou não valor nutritivo”.