A China deu mais um passo significativo em seu programa de exploração lunar, anunciando o início da fase de pouso tripulado na Lua. Em uma entrevista, Lin Xiqiang, vice-diretor da Agência Espacial Tripulada da China, revelou que o país está desenvolvendo projetos que abrangem desde novos veículos de exploração até roupas de astronauta e naves espaciais de última geração.
O objetivo desses esforços é possibilitar, no futuro, estadias curtas na Lua, explorar em conjunto com a tecnologia e realizar tarefas como pouso lunar, deslocamento na superfície, coleta de minerais, pesquisa científica e retorno à Terra. Esses avanços consolidam a China como um dos principais atores na corrida espacial.
Além disso, a China está prestes a lançar a missão Shenzhou-16, que transportará três astronautas para a estação espacial Tiangong. Os astronautas Jing Haipeng, Zhu Yangzhu e Gui Haichao partirão da base de lançamento de Jiuquan, localizada em uma área desértica no norte do país. Enquanto Jing já participou de três missões espaciais, tornando-se o “taikonauta” com mais experiência, Zhu e Gui estão embarcando em sua primeira missão.
A construção da estação espacial Tiangong foi concluída no final de 2022, e há previsões de que se torne a única estação espacial do mundo até 2024, caso a Iniciativa Espacial Internacional seja desativada, como planejado. No entanto, a China continua impedida de participar dessa iniciativa devido aos laços militares de seu programa espacial.
Vale ressaltar que a China já alcançou marcos significativos na exploração lunar, sendo o primeiro país a pousar a sonda Chang’e 4 no lado não visível da Lua em 2019. Agora, o país está embarcando na quarta fase de seu programa de exploração lunar, que inclui a construção de uma base científica no polo sul do satélite natural da Terra ao longo da próxima década.