Durante um seminário realizado na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), a palestrante Tertuliana Lustosa causou polêmica ao mostrar as nádegas para os participantes e cantar uma música de conotação sexual. A performance incluiu a canção “Educando com o C”, da banda “A Travestis”, da qual Tertuliana faz parte. A apresentação dividiu opiniões e gerou ampla repercussão nas redes sociais.
Após o evento, Tertuliana Lustosa, que também é escritora e historiadora, usou suas redes sociais para se manifestar e defender sua pesquisa e abordagem. “Convido vocês a conhecer a minha pesquisa: Educando com o C… e entender que a universidade é sim lugar de múltiplas formas de conhecimento, inclusive do proibidão. Obrigada @gaepufma pelo convite”, escreveu.
Essa não foi a primeira vez que a palestrante realizou uma performance com esse teor em uma instituição de ensino superior. Em 5 de maio de 2023, Lustosa fez uma apresentação semelhante na Universidade Federal da Bahia (UFBA), também com o tema “Educando com o C”. Na ocasião, o vídeo da apresentação também repercutiu nas redes, e Tertuliana utilizou “linguagem neutra” para responder às críticas e destacar o propósito de sua performance.
“A minha aula ‘Educando com um c’ foi um sucesso, realmente faz todo o sentido: educação é corpo, prazer, transcendência. O koo educou e muito e, em breve, esse encontro só me mostrou o quão importante é quebrar tabus na universidade, sim. Na UFBA, sim, onde sou mestranda com muita dificuldade. A mídia distorceu tudo, debocharam do nosso evento, e inclusive tentaram acabar com ele, mas ele aconteceu e foi lindo. Obrigada a todes que estavam lá”, afirmou.
A performance de Tertuliana Lustosa reacendeu o debate sobre os limites da expressão artística e acadêmica dentro das universidades públicas. Enquanto alguns defendem a liberdade de expressão e a diversidade de formas de conhecimento no ambiente universitário, outros criticam a escolha de temas e abordagens com forte conotação sexual, especialmente em eventos educacionais.