Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (3), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou que, no momento, não há necessidade de realizar um novo leilão para a compra de arroz importado. Ele atribuiu a estabilização nos preços ao fim das altas decorrentes das enchentes no Rio Grande do Sul.
“O arroz já deu grandes demonstrações de queda de preço, tem arroz até abaixo de R$ 20, o arroz agulhinha de cinco quilos em algumas praças. E isso atende à necessidade de controle inflacionário. Então, eu vejo que, neste momento, não se faz necessário outro leilão de arroz, e sim o estímulo a produzir mais”, afirmou Fávaro após o lançamento do Plano Safra para a agricultura empresarial, no Palácio do Planalto.
Em junho, o governo havia cancelado um leilão público para a compra de arroz importado devido a dúvidas sobre a capacidade técnica e financeira das empresas vencedoras. Fávaro mencionou que, caso os preços voltem a subir, o edital para um novo leilão, já preparado, poderá ser reativado.
“O edital está pronto e, se houver nova alta de preços, ele pode ser retomado. Contudo, acredito que encontraremos outras alternativas além do leilão”, completou o ministro.
As enchentes no Rio Grande do Sul, responsável por 70% da produção de arroz no Brasil, causaram uma alta de até 100% nos preços do produto. A compra pública, segundo o governo, visa garantir o abastecimento e estabilizar os preços no mercado interno.
Além disso, o governo anunciou hoje o Plano Safra 2024/2025, com R$ 400,59 bilhões destinados ao financiamento da agropecuária empresarial. Também foi lançado o Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/2025, com R$ 76 bilhões para o crédito rural através do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).