O dólar comercial renovou mais uma vez seu novo recorde, a R$ 5,68. Esta é a terceira alta consecutiva e o maior valor desde janeiro de 2022. Em comparação com o início do primeiro semestre, a desvalorização do real foi da ordem de 15,30%. No dia, o euro comercial acompanhou a tendência e atingiu os R$ 6,10, valorizado 13,30% em relação ao real, desde o início de 2024.
No dia anterior, em entrevista, o Presidente da República classificou a escalada do dólar como um “ataque especulativo” e que “alguma coisa precisa ser feita”, voltando a mencionar o próximo executivo que estará à frente do Banco Central do Brasil, indicado pelo próprio Lula.
Já o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considera que é necessário arrefecer a crise institucional criada, “acertando a comunicação”, segundo ele. Ou seja, ele recomenda que não haja críticas ao Banco Central e que, da parte do Ministério da Fazenda – e do próprio governo como um todo – haja colaboração para cumprimento do arcabouço fiscal. O ministro nega que reduzirá o imposto sobre o câmbio, o IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras).
O setor doméstico é o principal combustível para a escalada do dólar e, nos Estados Unidos, os juros considerados altos favorecem este movimento de saída de capitais.
As cotações são da companhia Morningstar.