No fim da última semana, o real desvalorizou fortemente frente ao dólar e atingiu o seu maior valor recorde em um ano e meio, ultrapassando a marca de R$ 5,30. Esse valor não era visto desde janeiro de 2023. Hoje, a moeda inicia a semana a R$ 5,35, para o seu valor comercial. Para turismo, os valores são ainda maiores. O euro também seguiu a tendência altista e custa R$ 5,77.
No cenário externo, a razão para esse movimento foi a divulgação de dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. De acordo com o payroll, do departamento de estatística dos Estados Unidos, o país criou 272 mil novas vagas de emprego em maio – o que representa uma aceleração comparada a abril. O bom desempenho da economia no mês leva os investidores a precificar uma queda de juros mais distante. Ou seja, maiores rendimentos em títulos públicos considerados seguros, pelo mercado, influenciam a saída de capitais de países emergentes, como o Brasil. O movimento de saída de capitais foi também sentido pela bolsa de valores brasileira.
No Brasil, a divulgação de uma suposta fala do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também reforçou o resultado do dia. Em agenda em São Paulo na sexta-feira (7) com representantes do mercado financeiro, circulou entre os agentes um possível contingenciamento de gastos em julho e mudanças no arcabouço fiscal, acirrando a tensão no mercado. Em seguida, o ministro classificou a divulgação como “irresponsável” e desmentiu a informação.
Na última semana, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para o primeiro trimestre de 2024 foi compreendido, por parte do mercado, como fraco e corroborou para a escalada do dólar.
As cotações são da companhia Morningstar.