A arrecadação de impostos e outras receitas pela União alcançou R$ 228,87 bilhões em abril, conforme divulgado pela Receita Federal nesta terça-feira (21). O montante representa um aumento real de 8,26%, descontada a inflação pelo IPCA, em comparação com o mesmo mês de 2023, e é o maior valor registrado para abril desde o início da série histórica em 1995.
No acumulado dos quatro primeiros meses de 2024, a arrecadação totalizou R$ 886,64 bilhões, com crescimento real de 8,33%. As receitas administradas pela Receita Federal somaram R$ 213,30 bilhões em abril, registrando um aumento real de 9,08%.
Este desempenho positivo foi influenciado por variáveis macroeconômicas e medidas tributárias, como a reoneração do PIS/Cofins sobre combustíveis e a tributação de fundos exclusivos. Em abril, a arrecadação extra de R$ 120 milhões do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre rendimentos de capital, referente aos fundos exclusivos, contribuiu para o resultado, apesar da queda de 3,62% na comparação anual, atingindo R$ 8,41 bilhões.
A reoneração do PIS/Pasep sobre combustíveis evitou uma perda de R$ 3 bilhões em arrecadação, impactando positivamente o desempenho. O PIS/Pasep e a Cofins arrecadaram R$ 44,30 bilhões em abril, com um crescimento real de 23,38%, resultado da retomada da tributação sobre combustíveis e alterações nas bases de cálculo dessas contribuições.
A Receita Previdenciária também apresentou crescimento real de 6,15%, alcançando R$ 52,79 bilhões, impulsionado por um aumento de 5,11% na massa salarial. No acumulado do ano, a Receita Previdenciária totalizou R$ 211,33 bilhões, com um crescimento real de 6,73%.
A arrecadação conjunta do Imposto de Importação e do IPI-Vinculado à Importação chegou a R$ 8,07 bilhões em abril, registrando um aumento real de 27,46%. Esse desempenho refletiu aumentos no valor das importações e nas alíquotas médias desses tributos.
Os dados completos sobre a arrecadação podem ser acessados no site da Receita Federal.