No último trimestre de 2023, cerca de 7,4 milhões de famílias brasileiras, o equivalente a 9,4% do total, enfrentavam insegurança alimentar moderada ou grave, conforme revelado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (25).
De acordo com o IBGE, esses lares, que representam mais de 20 milhões de pessoas, lidam com a redução na quantidade de alimentos consumidos ou com a ruptura em seus padrões de alimentação. A pesquisa utiliza a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, classificando os domicílios em quatro níveis distintos.
Enquanto isso, a comparação com dados anteriores revela uma melhora geral na situação de segurança alimentar do país. Entre 2017/2018 e 2023, o percentual de domicílios em situação de segurança alimentar aumentou de 63,3% para 72,4%. Ao mesmo tempo, aqueles que enfrentavam insegurança alimentar moderada ou grave caíram de 12,7% para 9,4%, indicando um progresso significativo.
Os especialistas apontam que esse avanço pode ser atribuído, em parte, aos investimentos em programas sociais e de alimentação, como os programas de transferência de renda, que têm impacto direto na segurança alimentar das famílias. Além disso, a recuperação da renda e do mercado de trabalho contribui para essa melhora.
Embora os dados mostrem uma evolução positiva, é importante ressaltar que a situação atual ainda está abaixo dos níveis observados em 2013, quando a segurança alimentar era mais garantida para a maioria dos lares brasileiros. A constante monitorização e investimento nessa área são fundamentais para garantir o bem-estar alimentar de toda a população.