Os casos de Covid-19 no Ceará registraram um aumento alarmante na última semana de novembro, conforme o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) nesta sexta-feira (6). Segundo os dados, o número de infectados saltou de 730 na semana de 17 a 23 de novembro para 2.763 na semana seguinte, de 24 a 30 de novembro, um crescimento de 3,8 vezes.
Esse aumento expressivo está associado à circulação de duas sublinhagens da variante Ômicron: a XEC e a LP.8.1, segundo análise da Sesa. O documento também destacou que, desde o final de outubro, o estado tem registrado uma “tendência de crescimento exponencial” na quantidade de casos e na taxa de positividade, que atingiu 49,9% no final de novembro. Isso significa que quase metade dos testes realizados deram positivo para a doença.
Perfil dos pacientes e hospitalizações
O boletim revelou que os casos confirmados de Covid-19 na última semana de novembro foram registrados em todas as regiões de saúde do Ceará, com destaque para Fortaleza, que concentrou 37% das infecções.
Entre os infectados, 61,9% são do sexo feminino, e a maior parte pertence à faixa etária acima de 20 anos. A incidência foi mais elevada em pacientes de 50 a 69 anos, que representaram 22,1% do total de casos.
A Sesa também informou sobre os impactos mais graves da doença:
- 557 pessoas (4,7%) foram hospitalizadas devido à Covid-19.
- Entre os internados, 61,2% apresentaram comorbidades ou fatores de risco.
- As condições mais frequentes foram doenças cardiovasculares crônicas (47,2%), diabetes mellitus (37,2%) e doenças neurológicas crônicas (15,5%).
Subvariantes em circulação no estado
O aumento dos casos no Ceará coincide com a detecção das subvariantes da Ômicron XEC e LP.8.1 pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). A sublinhagem LP.8.1 foi encontrada em Fortaleza, Sobral, Quixeré, Caucaia e Maracanaú, enquanto a XEC foi isolada em Fortaleza e Caucaia. Ambas estão relacionadas à linhagem JN.1, predominante no estado.
A Sesa alerta para a necessidade de reforçar medidas de prevenção, como o uso de máscaras em ambientes fechados, higienização frequente das mãos e a vacinação, especialmente para grupos prioritários.