A Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) apresentou, nesta quinta-feira (18), em coletiva de imprensa, na sede da Superintendência da Polícia Civil, o resultado da segunda fase da Operação Vetus. A ação nacional teve início no dia 15 de outubro, com foco no combate à violência contra o idoso nos 26 estados da federação e no Distrito Federal. Na capital cearense, a ofensiva policial culminou na prisão preventivamente de um homem de 58 anos, suspeito de estuprar a própria mãe, uma idosa de 85 anos. A captura aconteceu no bairro Montese, em Fortaleza.
A Operação Vetus, que está na sua segunda edição, faz parte de uma mobilização nacional coordenada e articulada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi). Durante o período, no Ceará, 40 profissionais de segurança pública atenderam 396 idosos vítimas de violência. Foram abrangidos 19 municípios, com apuração de 556 denúncias do Disque 100, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e de canais locais. O Ceará foi o Estado com maior número de apuração de denúncias no Brasil.
Em diligências e oitivas no Ceará, as investigações, coordenadas pelo Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV) e executada pela Delegacia de Proteção ao Idoso e das Pessoas com Deficiência (DIPIPD), unidade especializada da PC-CE, culminaram na representação e prisão preventiva de um homem de 58 anos. Ele, que é filho biológico de uma idosa de 85 anos, é suspeito de abusar sexualmente dela. As investigações apontam ainda, que o investigado, além de cometer o estupro de vulnerável, realizava ameaças e agressões verbais. Além desta prisão, foram realizadas 2.697 visitas, 113 inquéritos instaurados e dois Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO) lavrados.
A delegada titular do DIPIPD, Rena Gomes, ressaltou a importância da operação e principalmente, a necessidade de que sejam realizadas as denúncias para se combater este tipo crime, ”O Idoso é uma vítima bastante vulnerável, é em alguns casos, não consegue pedir ajuda, então, é importantíssimo que as pessoas que presenciam os crimes, denunciem. É uma questão social. Nosso papel como Polícia Judiciária é diligenciar, investigar e prender” , finalizou ela.