O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste, composto pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, deu um passo crucial em direção à promoção da sustentabilidade e à transição energética na região, ao assinar um memorando de entendimento (MdE) com o Banco Mundial. A cerimônia de assinatura, realizada em Brasília nesta segunda-feira, contou com a presença do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e foi marcada por discursos otimistas sobre o potencial da região nordestina para liderar a produção de energias limpas e renováveis.
A parceria entre o Consórcio Nordeste e o Banco Mundial tem como principal objetivo assessorar os estados na elaboração de um plano de transição energética abrangente. Esse plano será desdobrado em iniciativas locais que contarão com operações de financiamento para impulsionar projetos estratégicos. O acordo representa um marco importante para alavancar a transição energética na região, abrangendo áreas-chave em sustentabilidade.
Os principais focos de investimento incluem o desenvolvimento do hidrogênio de baixo teor de carbono, conhecido como hidrogênio verde, a expansão da geração de energia eólica, a preservação do bioma da Caatinga, a exploração de oportunidades em energia solar, água e saneamento, o engajamento comunitário e o desenvolvimento digital.
No âmbito do desenvolvimento digital, a cooperação entre as partes visa promover a troca de experiências, conhecimentos e financiamento para infraestrutura pública digital. Isso inclui a expansão da conectividade, o desenvolvimento de plataformas digitais, melhores práticas em segurança cibernética e o fomento ao desenvolvimento de habilidades digitais na região.
O governador da Paraíba e presidente do Consórcio Nordeste, João Azevêdo, destacou o potencial da região para liderar a produção de energias limpas e renováveis, especialmente o hidrogênio verde. Azevêdo ressaltou a importância de garantir que essa transição ocorra de maneira harmoniosa e regulamentada, visando o desenvolvimento sustentável da região e a inclusão social.
O diretor do Banco Mundial para o Brasil, Johannes Zutt, expressou confiança de que o Brasil pode se tornar um líder global na transição energética. Ele se comprometeu a compartilhar as experiências bem-sucedidas de outros projetos similares realizados em diferentes partes do mundo com os estados do Nordeste do Brasil, a fim de impulsionar o crescimento econômico e a produtividade na região.