Nesta quinta-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a destinação de imóveis da União, atualmente sem uso, para programas de habitação popular. O cenário preocupante da falta de moradia no Brasil, que chega próximo a 6 milhões de unidades, conforme levantamento da Fundação João Pinheiro, foi mencionado pelo presidente como uma oportunidade de aproveitar os prédios abandonados e terrenos pertencentes ao governo.
Durante a cerimônia de sanção da lei do novo Minha Casa Minha Vida, Lula anunciou o aumento da faixa de renda para a faixa 3 do programa, permitindo que famílias com renda mensal média de até R$ 8 mil sejam beneficiárias e possam financiar imóveis de até R$ 350 mil. No entanto, um dos pontos vetados pelo presidente foi a obrigatoriedade para as distribuidoras comprarem o excedente de energia gerado por painéis solares no programa.
O ministro das Cidades, Jader Filho, destacou que o governo realizará estudos em conjunto com entidades para encontrar o melhor modelo de implantação da energia solar no Minha Casa Minha Vida. Além disso, o programa passará por mudanças em relação à estrutura das casas, que terão áreas maiores e contarão com uma biblioteca obrigatória nos conjuntos habitacionais, além de estarem localizados em proximidade às cidades.
Jader Filho ainda ressaltou que todas as futuras moradias do programa terão varanda, equipamentos de lazer e prática esportiva, além de sala de biblioteca. Nas regiões Norte e Nordeste, os quartos deverão ser equipados com ganchos para redes. Os imóveis também terão tubulação para instalação de rede de internet e pontos para ar-condicionado.
No que diz respeito às taxas de juros, as famílias da faixa 1, com renda mensal de até R$ 2 mil, nas regiões Norte e Nordeste do país, terão uma taxa de 4%. Para as demais regiões com a mesma renda, a taxa será de 4,25%. Segundo o Ministério das Cidades, desde o início do ano até o momento, o governo já entregou mais de 10 mil imóveis do Minha Casa Minha Vida, com a previsão de entregar mais 8 mil unidades até o final do ano. A meta estabelecida é a contratação de mais 2 milhões de moradias pelo programa até 2026.