Brasília deve se tornar, nos próximos dias, o centro das homenagens oficiais ao Papa Francisco, que faleceu na manhã desta segunda-feira (21), aos 88 anos, no Vaticano. A primeira iniciativa parte do líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), que propôs uma sessão solene no Congresso Nacional em memória do pontífice.
Guimarães viaja à capital ainda nesta tarde para reunir-se com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), além de lideranças partidárias e ministros do governo, a fim de alinhar os detalhes do tributo. A expectativa é que a cerimônia ocorra ainda nesta semana, reconhecendo o legado global deixado por Francisco.
“O Papa foi um verdadeiro líder espiritual e político, defensor dos pobres, da justiça social e do diálogo entre os povos. Vamos prestar uma homenagem digna de sua importância histórica”, afirmou Guimarães à imprensa.
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O deputado cearense encontrou-se com o Papa Francisco em duas ocasiões: em 2013, no Brasil, durante a Jornada Mundial da Juventude, e em 2024, no Vaticano. No encontro mais recente, Guimarães entregou relíquias do Padre Cícero ao pontífice — um gesto simbólico que antecedeu o processo de beatificação do sacerdote nordestino.
Para Guimarães, o Papa Francisco representou um ponto de convergência entre fé, inclusão social e compromisso com os mais vulneráveis. “Ele soube ouvir o clamor do povo e transformar a Igreja em uma voz ativa na luta por dignidade e fraternidade”, ressaltou.
O Palácio do Planalto também deve anunciar nos próximos dias atos oficiais de luto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que manteve uma relação cordial com o pontífice argentino, deve divulgar nota de pesar e estuda enviar representantes do governo às cerimônias fúnebres no Vaticano.
Além das articulações políticas, dioceses, paróquias e movimentos católicos por todo o Brasil já organizam missas e manifestações de despedida, refletindo a dimensão espiritual e popular do Papa Francisco, cuja liderança marcou profundamente a Igreja e o mundo contemporâneo.