Atividade física é essencial para prevenção e controle do câncer, destaca Inca

Instituto Nacional de Câncer reforça os benefícios do exercício físico para a saúde mental e coletiva, além de sua eficácia na redução de riscos e no tratamento oncológico.

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O Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão vinculado ao Ministério da Saúde (MS), divulgou na última semana um comunicado reforçando a importância das atividades físicas na prevenção e no controle do câncer. Alinhado à Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC), o posicionamento destaca que o exercício físico não só beneficia a saúde mental e coletiva, mas também melhora o bem-estar, a qualidade de vida, a socialização, a autonomia e a participação social.

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Segundo o Inca, a prática regular de atividades físicas pode reduzir o risco de diversos tipos de câncer, como os de mama, próstata, endométrio, cólon e reto. O coordenador de Prevenção e Vigilância do Inca, Fábio Carvalho, ressalta que o documento também tem o objetivo de desconstruir o senso comum de que o repouso é a melhor estratégia para pacientes oncológicos.

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“O que o posicionamento está destacando também é que existem políticas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS) que oferecem atividades físicas para a população brasileira”, explicou Carvalho. Ele acrescenta que outros profissionais da saúde, como fisioterapeutas e nutricionistas, podem orientar os pacientes a adaptar os exercícios às suas condições e rotinas.

Impacto dos exercícios no tratamento e na prevenção

De acordo com Carvalho, a atividade física tem potencial para reduzir a mortalidade de alguns tipos de câncer e controlar sintomas como a fadiga oncológica, um efeito colateral comum nos tratamentos. Além disso, promove melhoras na qualidade do sono e no estado psicossocial dos pacientes, englobando necessidades emocionais, sociais e mentais.

“De forma geral, a atividade física contribui tanto na prevenção, evitando o surgimento de novos casos de câncer, quanto no auxílio ao tratamento e na recuperação”, afirma o coordenador.

Números preocupantes

Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2023, o Brasil registrou 71.730 novos casos de câncer de próstata, 73.610 de mama, 21.970 de cólon e reto em homens, e 23.660 em mulheres. Em 2021, os óbitos por câncer de próstata chegaram a 16.300, enquanto o de mama resultou em 18.139 mortes.

O estudo Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil, realizado pelo Inca, alerta para a ocorrência de cerca de 704 mil novos casos de câncer por ano até 2025, com maior concentração nas regiões Sul e Sudeste.

Adaptação e acessibilidade

O Inca enfatiza que a atividade física deve ser adaptada às condições específicas de cada paciente e, sempre que possível, acompanhada por profissionais especializados, como educadores físicos ou fisioterapeutas. No entanto, Carvalho destaca que opções simples e de baixo custo, como caminhar mais, trocar o carro por caminhadas curtas e incorporar movimentos no dia a dia, já trazem benefícios significativos.

“Se a pessoa não tiver acesso a um profissional, pequenas mudanças na rotina já podem ajudar bastante. Caminhar para ir à padaria ou ao mercado, por exemplo, são atitudes simples que trazem resultados positivos para a saúde”, conclui o coordenador.

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