O gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu confirmou, neste sábado (19), o lançamento de um drone na direção de sua residência em Cesareia, ao norte de Telavive. O ataque ocorre em um momento de intenso conflito com o Hamas e o Hezbollah libanês, enquanto Netanyahu reafirmou seu compromisso de “ganhar” a disputa em um vídeo nas redes sociais, declarando: “Nada nos vai deter, continuaremos até à vitória”.
A confirmação do ataque veio após o exército israelense relatar que um drone proveniente do Líbano havia atingido uma “estrutura” na cidade costeira de Cesareia. O gabinete de Netanyahu informou que “um drone foi disparado contra a casa do primeiro-ministro”, mas ressaltou que tanto ele quanto sua esposa não estavam presentes no local e que não houve vítimas. Contudo, não ficou claro se a residência de Netanyahu era a “estrutura” mencionada pelas forças armadas.
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Além do ataque à residência, outras duas tentativas de drones foram interceptadas pelas forças israelenses. Netanyahu, em resposta ao incidente, reiterou que “nada o deterá” e que Israel “vai ganhar esta guerra” contra o Hamas e o Hezbollah. Ele também afirmou que a luta contra “outros terroristas do Irã” continuará, fazendo referência à recente eliminação do líder do Hamas, Yahya Sinwar, que foi descrito como “o cérebro terrorista cujos capangas decapitaram os nossos homens, violaram as nossas mulheres e queimaram bebês vivos”.
Na sequência do ataque, Israel lançou novos bombardeios em subúrbios ao sul de Beirute, que foram reportados ao vivo pela emissora RT3, com os enviados da RTP a Israel, Sérgio Ramos e José Manuel Rosendo, cobrindo os eventos em tempo real. Enquanto isso, na Faixa de Gaza, aviões israelenses distribuíram panfletos sobre o sul do enclave, apresentando uma imagem do líder do Hamas morto e uma mensagem para o povo palestino: “O Hamas já não governará Gaza”.
Os panfletos, segundo o jornal The Guardian, trazem a seguinte mensagem em árabe: “Quem largar a arma e entregar os reféns será autorizado a sair e a viver em paz”. O clima de tensão e incerteza continua a dominar a região, à medida que as hostilidades se intensificam.