O Prêmio Nobel da Paz de 2024 foi atribuído nesta sexta-feira (11) à Nihon Hidankyo, uma organização japonesa formada por sobreviventes dos bombardeios atômicos ocorridos em Hiroshima e Nagasaki, há 79 anos. O anúncio foi feito pelo Comitê Nobel norueguês, que destacou o compromisso da entidade em lutar por um mundo livre de armas nucleares.
“A Nihon Hidankyo recebe o prêmio da paz pelos seus esforços para alcançar um mundo sem armas nucleares e por demonstrar, por meio de testemunhos, que as armas nucleares nunca mais devem ser utilizadas”, afirmou Jorgen Watne Frydnes, presidente do Comitê Nobel norueguês, durante a cerimônia de premiação.
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Fundada em 10 de agosto de 1956, a Nihon Hidankyo tem como missão a abolição completa das armas nucleares. Segundo informações divulgadas pela organização em sua página oficial, o grupo defende a assinatura de um acordo internacional que proíba totalmente a posse e o uso dessas armas, baseando-se na devastação e nas consequências humanitárias que os ataques nucleares deixaram como legado.
A atribuição do prêmio à Nihon Hidankyo é um reconhecimento não apenas ao sofrimento dos sobreviventes das explosões atômicas, conhecidos como “hibakusha”, mas também ao impacto global da campanha contra a proliferação nuclear. “Os relatos pessoais dos hibakusha são um poderoso lembrete do custo humano das armas nucleares, algo que a humanidade não deve esquecer”, acrescentou Frydnes.
Este Nobel ressalta a importância de iniciativas que buscam a paz e o desarmamento global, em um contexto em que as tensões nucleares e a corrida armamentista voltam a preocupar a comunidade internacional. A Nihon Hidankyo, por meio de seu trabalho incansável, reafirma a necessidade urgente de desmantelar arsenais nucleares e garantir que tragédias como as de Hiroshima e Nagasaki jamais se repitam.