Protestos marcam um ano de ataque do Hamas contra Israel, com milhares de mortos e reféns ainda em cativeiro

Multidões em Israel e ao redor do mundo pedem o fim da guerra e a libertação de reféns, enquanto o conflito segue devastando Gaza e se expandindo por outras regiões do Oriente Médio.

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Nesta segunda-feira (7), uma multidão se reuniu em frente à residência do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, para uma homenagem silenciosa às vítimas do ataque do Hamas contra Israel, ocorrido há exatamente um ano. O ato foi marcado pelo som da sirene, que tocou às 6h29, horário exato do início do ataque que resultou na morte de 1.200 israelenses. A cerimônia também expressou a insatisfação de parte da população com a condução da guerra, sobretudo pelo fato de que mais de 100 reféns ainda estão em poder do Hamas, mantidos na Faixa de Gaza.

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Em Tel Aviv, familiares e amigos de vítimas se reuniram na Praça dos Reféns para protestar e exigir medidas mais efetivas do governo. Comunidades judaicas ao redor do mundo realizaram eventos similares, homenageando aqueles que perderam suas vidas no conflito.

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Na Cisjordânia, os tributos foram voltados aos mais de 42 mil palestinos que morreram na ofensiva israelense em Gaza. Paralelamente, grandes manifestações tomaram cidades europeias, onde multidões pediram o fim da guerra e o que consideram ser um genocídio contra o povo palestino.

A guerra entre Israel e o Hamas tem causado destruição sem precedentes na Faixa de Gaza. Além das mais de 42 mil mortes, em sua maioria civis, a crise humanitária resultante do conflito obrigou 2,3 milhões de pessoas a se refugiarem em acampamentos improvisados. A população enfrenta escassez de água potável, alimentos e um colapso quase total do sistema de saúde. Israel tem sido acusado de violar leis humanitárias e denunciado ao Tribunal Penal Internacional por suas ações em Gaza.

Apesar da pressão internacional por um cessar-fogo, o conflito está longe de uma resolução. No mesmo dia das homenagens, Israel confirmou que uma salva de mísseis lançados pelo Hamas atingiu Tel Aviv, e um ataque aéreo israelense ao campo de refugiados de Jabalya, em Gaza, resultou na morte de 52 pessoas.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que está em visita oficial aos Estados Unidos, fez um discurso firme, afirmando que o ataque de um ano atrás foi o maior sofrido pelo povo judeu desde o Holocausto e que Israel continua a lutar com determinação contra seus inimigos.

A guerra também se expandiu para além das fronteiras de Israel. No Líbano, bombardeios israelenses no sul do país e na capital, Beirute, já causaram a morte de mais de 2 mil pessoas e obrigaram mais de um milhão de libaneses a deixarem suas casas. Ataques mútuos entre Israel e grupos no Iêmen e no Irã agravam ainda mais as tensões geopolíticas na região, tornando o cenário cada vez mais incerto.

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