O empreendedor Jorge Klotz não pretendia fazer do hobby de produzir chocolates um trabalho, mas a demanda pelo produto — antes restrita a amigos e familiares — cresceu tanto que ele reconsiderou a ideia. “Começaram a surgir pedidos, eu refiz os cálculos e falei: ‘talvez dê’. Veio a pandemia e eu mergulhei de cabeça.”
Descendente de suíços — cujo país é reconhecido internacionalmente pela qualidade do chocolate — Klotz planejava ir à Europa para aprender mais sobre o produto, mas a esposa recebeu uma proposta de emprego na Bahia, e eles se mudaram justamente para o estado brasileiro famoso pela produção de cacau.
Na Bahia, ele fechou parceria com cacauicultores e fornecedores que o ajudaram a dar forma à Kaê Chocolates. Com o cacau em mãos, Klotz cuidava, sozinho, desde a fabricação do chocolate até a venda, mas tinha na esposa o principal suporte. Em 2022, no entanto, ela faleceu, e o empreendedor teve a dura missão de continuar o negócio sem sua maior apoiadora.
“Minha esposa faleceu, eu fiquei sozinho, com um menino de dois anos e uma bebê recém-nascida. Então eu migrei para Minas Gerais, para poder ter ajuda com as crianças. A família dela é daqui. Recomecei”, lembra.
Ao mudar de estado, a Kaê Chocolates também mudou o público-alvo. Se na Bahia a maior parte das vendas era para comerciantes, em Minas Gerais passou a ser para o consumidor final. “Agora, a gente vende cerca de 80% para o consumidor, pelos nossos próprios canais, e só 20% é para lojistas”, conta Klotz.
De Varginha para o mundo
Segundo o empreendedor, a reabertura da fábrica em Minas Gerais trouxe outra novidade que viria para impulsionar a empresa: o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
Por meio da Agência, o empresário afirma que recebeu suporte para exportar seus chocolates. “Por meio da Apex, a gente consegue alcançar novos mercados, ganhar mais visibilidade e levar chocolate para mais pessoas.”
A Kaê Chocolates é uma das mais de cinco mil empresas brasileiras que participaram do Programa de Qualificação para Exportação, o Peiex, oferecido pela Apex. Klotz afirma que a iniciativa contribuiu para que o negócio não só alcançasse mercados estrangeiros, como também se tornasse mais profissional.
Apoio Técnico
Mesmo depois de se capacitar pelo Peiex, Klotz lembra que contou com o apoio especializado da Apex para profissionalizar ainda mais o negócio.
“Depois de ter acabado o curso inicial, eu pedi ajuda também. Eu falei: ‘gente, eu estou com uma dúvida, vocês podem me ajudar?’ E eu tive essa ajuda. Para mim, me dá uma segurança saber que existe a Apex. A Apex me ajudou não só na exportação; ajudou na profissionalização. Tem áreas que eu não entendo, que eu precisava melhorar e, com a Apex, eu consegui ver isso”, pontua.
Hoje, a Kaê vende chocolates para o Japão e está com as exportações para a Rússia suspensas em função da guerra com a Ucrânia.
Além do Peiex, a ApexBrasil oferece uma série de cursos e treinamentos, especialmente para os empreendedores de pequeno porte que querem começar a expandir os negócios para fora do país, como é o caso de Klotz.
Entre essas soluções está o Curso a distância em e-commerce Internacional, voltado para empresas e startups de diferentes portes e setores que pretendem internacionalizar seus produtos e serviços por meio de plataformas digitais.
Para mais informações sobre essas iniciativas, acesse: www.apexbrasil.com.br.