Pós-enchentes no RS: é preciso manter a caderneta de vacinação das crianças em dia, orienta UNICEF

O UNICEF orienta que a prevenção das doenças que podem causar surtos — como as síndromes respiratórias — são prioridade

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Com uma lista vasta e completa de imunizantes, o Calendário Nacional de Vacinação oferece vacinas que protegem as crianças das mais variadas doenças — desde rotavírus, sarampo até meningite. Mas para garantir a proteção completa, é preciso manter a caderneta de vacinação atualizada. E neste contexto de pós-enchentes do estado, que ainda representa riscos à saúde dos pequenos, pais e responsáveis devem manter a vacinação dos filhos em dia. A orientação é do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
 
O oficial de Saúde do UNICEF, Gerson da Costa, reforça: a vacinação é um cuidado “fundamental”. “Faz parte central dos cuidados elementares de saúde a que qualquer pessoa tem direito, sobretudo as crianças, e especialmente na primeira infância — quando a criança tem muitas vacinas recomendadas que as protegem de doenças preveníveis.”
 
O desafio aumenta num contexto de alagamento, dificuldade de deslocamento, perda de documentação médica, dificuldade de acesso aos sistemas de informação. Em cenários onde os pais ou responsáveis não conseguem ter acesso ou consultar as cadernetas de vacina das crianças — para saber o histórico vacinal — vale a orientação do oficial de Saúde do UNICEF.
 
“Sendo possível consultar o histórico vacinal, [é necessário] atualizar tudo. Não sendo possível, fazer o esquema básico de vacinas que envolve, entre outras doenças, o sarampo, que é uma doença que causa muito surto — então precisa estar sempre vigiando para que a cobertura vacinal esteja adequada”, recomenda Gerson da Costa Filho.  
 
Confira o Calendário Nacional de Vacinação (Fonte: Ministério da Saúde)
 
● ao nascer – Vacina BCG / Vacina Hepatite B
● 2 meses – Vacina Pentavalente / Vacina poliomielite / Vacina pneumocócica / Vacina rotavírus
● 3 meses – Vacina meningocócica C
● 4 meses – Vacina Pentavalente / Vacina poliomielite / Vacina pneumocócica / Vacina rotavírus
● 5 meses – Vacina meningocócica C
● 6 meses – Vacina Pentavalente / Vacina poliomielite / Influenza / Covid
● 7 meses – Covid (2ª dose)
● 9 meses – Vacina Febre Amarela
● 12 meses – Vacina pneumocócica / Vacina meningocócica C / Tríplice viral
● 15 meses – Vacina DTP / Vacina poliomielite / Hepatite A / Vacina Tetra viral
● 4 anos – Vacina DTP / Vacina Febre Amarela / Vacina poliomielite / Vacina varicela
● 5 anos – Vacina Febre Amarela / Vacina pneumocócica
● 9 e 10 anos – Vacina HPV
 
O UNICEF orienta que, caso a criança esteja com as vacinas atrasadas ou sem nenhum registro de vacinação, os pais ou responsáveis devem buscar o serviço de saúde mais próximo — preferencialmente as Unidades Básicas de Saúde (UBS). A família deve levar para a vacinação um documento, de preferência, a caderneta da criança. Caso não tenha a carteira de vacinação, deve ir da mesma forma. Nada deve impedir a criança de se vacinar.
 
O oficial do UNICEF lembra que toda chance de cuidado da saúde deve ser aproveitada ao máximo. “A ideia é que a gente não perca a oportunidade de vacinar e que a gente ofereça — sempre que tiver contato com essa criança — tudo que ela precisa. O ideal é que essa criança, tendo contato com um serviço de saúde, possa fazer tudo que seja recomendado para a idade dela” alerta Gerson Filho.
 

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