RIO GRANDE DO SUL: A importância da vacinação para manter o estado livre da poliomielite

Queda na cobertura vacinal contra a pólio nos últimos anos aumenta o risco de reintrodução da doença no território brasileiro

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Os pais e responsáveis de crianças menores de 5 anos de idade de todo o estado do Rio Grande do Sul devem vacinar os filhos contra a poliomielite e aproveitar para atualizar a caderneta de vacinação. A meta das autoridades de saúde é vacinar 95% das crianças e, assim, manter o país livre desta doença que causa a paralisia infantil. 

Mas, no estado gaúcho, a cobertura vacinal ainda está abaixo dessa taxa, que é preconizada pela Organização Mundial da Saúde, a OMS. De janeiro de 2024 até o momento, 93% dos bebês menores de um ano tomaram a vacina injetável contra a doença. Para as aplicações da dose de reforço, via oral, a cobertura está em 82%. As informações foram confirmadas pela chefe da Seção de Imunizações do Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul, Eliese Cesar.

Segundo a gestora, as doses continuam disponíveis normalmente nos postos de vacinação de todos os municípios gaúchos conforme o Calendário Nacional de Vacinação. 

Eliese Cesar detalha as estratégias para aumentar a vacinação de crianças contra a pólio no estado.

“A gente fez [ações] voltadas para os profissionais da saúde, esclarecimentos, capacitações sobre, por exemplo, a hesitação vacinal, que é um dos motivos de baixa cobertura, além de divulgação, nas redes sociais, de informação para a população relacionada à vacina, para diminuir a questão de fake news. Também aderimos ao microplanejamento, que é mais baseado na realidade do território. Então, cada município, cada território [deve] olhar para os seus dados, para a sua realidade, para fazer esse planejamento de campanha, mas também de ações de vacinação de rotina.”

O diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Eder Gatti, ressalta que o vírus causador da poliomielite continua circulando em outros países, por isso, é essencial que profissionais de saúde, pais ou responsáveis se mobilizem para vacinar os pequenos.

“A poliomielite é uma doença que, por muitas décadas, causou paralisia e morte em crianças. Só que essa doença não faz mais parte do nosso cenário epidemiológico graças à vacinação e o Brasil, desde 1989, não registra nenhum caso. Embora tenhamos eliminado a doença, ela ainda existe no mundo e pode ser reintroduzida no nosso país. Por isso, é muito importante que os pais levem seus filhos menores de cinco anos para checar a caderneta e atualizar a situação vacinal se necessário.” 

Todas as crianças menores de 5 anos de idade devem ser vacinadas contra a pólio de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação e na campanha anual. O esquema vacinal contra a poliomielite possui três doses de vacina inativada — aos 2, 4 e 6 meses de idade — e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente, a gotinha. 

O Ministério da Saúde ressalta que a vacinação é a principal forma de manter o país livre da poliomielite. Por isso, as doses estão disponíveis durante todo ano nos postos de vacinação. 

Vale lembrar que a vacina protege as crianças por toda a vida e é segura.

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Procure uma unidade básica de saúde e cuide bem dos nossos futuros campeões. Vamos nos unir ao Movimento Nacional pela Vacinação.

Para mais informações, acesse: www.gov.br/vacinacao

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