Consumo de álcool e drogas mata mais de 3 milhões de pessoas por ano no mundo, alerta OMS

Uso nocivo de substâncias representa 5,3% de todas as mortes no planeta

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O consumo de álcool e drogas psicoativas é responsável por mais de 3 milhões de mortes por ano no mundo, segundo novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse número alarmante representa 5,3% de todas as mortes no planeta, com destaque para o impacto significativo sobre a saúde masculina: 2 milhões das mortes por consumo de álcool e 400 mil por uso de drogas são registradas entre homens.

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Dados preocupantes revelam o alto custo do consumo de substâncias

O relatório, baseado em dados de saúde pública de 2019, apresenta um panorama preocupante:

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  • 400 mil pessoas viviam com transtornos relacionados ao consumo de álcool e drogas nesse período, sendo 209 milhões classificadas como dependentes de álcool.
  • Doenças crônicas e acidentes: o uso de substâncias aumenta drasticamente o risco de doenças crônicas como doenças cardiovasculares (474 mil mortes) e câncer (401 mil mortes), além de acidentes de trânsito, automutilação e violência (724 mil mortes).
  • Doenças transmissíveis: o consumo de álcool eleva o risco de infecção por HIV (devido ao sexo desprotegido) e tuberculose (suprimindo respostas imunológicas), resultando em 284 mil mortes.
  • Jovens em risco: a maior proporção de mortes por álcool (13%) em 2019 se concentrou na faixa etária de 20 a 39 anos.

Tendências de consumo e padrões alarmantes

Apesar de uma leve queda no consumo per capita global de álcool (de 5,7 litros em 2010 para 5,5 litros em 2019), os índices ainda são preocupantes:

  • Maiores consumidores: países europeus (9,2 litros per capita) e Américas (7,5 litros per capita).
  • Nível médio de consumo: 27 gramas de álcool puro por dia (equivalente a 2 taças de vinho, 2 garrafas de cerveja ou 2 doses de destilado).
  • Consumo excessivo: 38% das pessoas que declararam consumir álcool no último ano relataram pelo menos um episódio de consumo excessivo (4-5 doses). Homens apresentam maior prevalência.
  • Jovens: 23,5% dos jovens entre 15 e 19 anos afirmam ter consumido álcool nos últimos 12 meses. Europa (45,9%) e Américas (43,9%) lideram as estatísticas.

Combater o problema exige ação global urgente

Diante desse cenário alarmante, a OMS reforça a necessidade de medidas urgentes em todo o mundo para:

  • Reduzir as consequências negativas do consumo de álcool e drogas: alcançar a meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de reduzir o consumo de substâncias e ampliar o acesso a tratamento de qualidade até 2030.
  • Priorizar a saúde e o bem-estar: implementar ações ousadas que combatam o problema e promovam sociedades mais saudáveis e equitativas.
  • Tornar o tratamento acessível: garantir que pessoas com transtornos por uso de substâncias tenham acesso a tratamento eficaz e de qualidade.

A OMS salienta que o consumo de álcool e drogas representa um problema de saúde pública global que exige atenção imediata e esforços conjuntos de governos, sociedades civis e indivíduos para construir um futuro mais saudável para todos.

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