Com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que decidiu o novo patamar da Selic, houve tensão no mercado e o real permanece desvalorizado em relação ao dólar, a R$ 5,45. A taxa básica de juros foi mantida no mesmo patamar, a 10,50% ao ano.
O alto patamar de juros é fonte de críticas, tanto do governo, quanto de economistas. O Brasil está entre os países com os juros nominais e reais mais altos do mundo. Porém, pesa na decisão do comitê do Banco Central um possível cenário inflacionário, diante da escalada do dólar e da situação fiscal do país, considerada crítica por alguns especialistas.
Apesar de o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, acenar para a possibilidade de cortes de gastos, pouco tempo depois voltou atrás e endossou a necessidade de uma política social expansionista para “promover o crescimento e desenvolvimento econômico”, segundo ele. O sentimento é de tensão no mercado.
O dólar comercial se aproximou mais ainda do seu valor recorde no início do atual governo, em janeiro de 2023. Entre os países emergentes, o real é a moeda que mais se deteriorou à frente do dólar em 2024 – atrás apenas do peso argentino. O euro segue a mesma tendência altista, a R$ 5,84.
As cotações são da companhia Morningstar.