O saldo da aplicação na caderneta poupança aumentou pela segunda vez neste ano, com mais depósitos do que saques em maio, aponta relatório divulgado pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (7). De acordo com os dados, foram aplicados R$ 362,5 bilhões, contra saques de R$ 354,3 bilhões. Com isso, as entradas superaram as saídas em R$ 8,2 bilhões.
Os rendimentos creditados nas contas de poupança em maio totalizaram R$ 5,2 bilhões. Com isso, o saldo da poupança foi de R$ 993,3 bilhões.
O resultado positivo de maio deste ano destaca-se em contraste com maio de 2023, quando os brasileiros sacaram R$ 11,7 bilhões a mais do que depositaram na poupança.
A contadora e integrante da Comissão Nacional de Voluntariado do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) Roberta Veras explica o que as pessoas devem levar em conta quando forem escolher aplicações financeiras, seja ela poupança ou outra aplicação.
“O que é mais importante é a pessoa analisar, na hora dessa tomada de decisão, o seu financeiro. Entender para que ela quer aquele dinheiro, se é para algo do curto prazo, até um ano, do médio prazo, que eu digo que seja até 10 anos, ou acima disso. Porque dependendo da finalidade do dinheiro, você pode designar um tipo de aplicação”, informa.
Ela pontua que o Certificado de Depósito Bancário (CDB) é uma forma de fazer uma aplicação com liquidez imediata. No Tesouro Direto pode ser necessário programar uma data de retirada, como em casos de taxas pré-fixadas.
Veras também alerta para a importância de ter uma reserva de urgência ou de estratégia, caso a pessoa queira comprar um carro ou casa própria, por exemplo.
“Para isso, o melhor caminho a ser feito é você guardar seis meses do seu custo fixo, seja ele numa poupança ou numa aplicação de fácil liquidez, como um CDB. Tudo depende também da forma como você lida com essas aplicações, porque não adianta aplicar o seu dinheiro em algo que você não conhece”, completa.
Meses anteriores
No mês anterior, abril de 2024, houve mais saques que depósitos, totalizando uma saída líquida de R$ 1,1 bilhão.
Em janeiro, também foi registrada uma saída líquida (R$ 20,1 bilhões), assim como em fevereiro (R$ 3,8 bilhões). No mês de março, houve um saldo positivo de R$ 1,3 bilhão em depósitos.
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