O Ministério da Saúde anunciou a inclusão de pacientes com papilomatose respiratória recorrente nos grupos prioritários para a vacinação contra o HPV. Esta medida, motivada por evidências científicas que destacam os benefícios da vacina como tratamento complementar para a doença, visa reduzir o número e a frequência de recidivas em pacientes imunizados.
A vacina estará disponível mediante prescrição médica, com a exigência de consentimento dos pais ou responsáveis para pacientes menores de 18 anos. A papilomatose respiratória recorrente, uma condição pouco comum mas potencialmente debilitante, afeta tanto crianças quanto adultos, sendo causada pela infecção pelos tipos 6 e 11 do HPV, caracterizando-se pela formação de verrugas no sistema respiratório.
O tratamento convencional é cirúrgico, no entanto, as recorrências são frequentes, exigindo procedimentos repetidos e onerosos. Em casos graves, especialmente em crianças, as recidivas podem ser mais agressivas, comprometendo o prognóstico e tornando o tratamento doloroso e ineficaz.
Desde fevereiro, a estratégia de vacinação contra o HPV adotou o esquema de dose única, alinhado às recomendações da OMS e da Opas. Esta mudança busca intensificar a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus, incluindo a papilomatose respiratória recorrente.
Além disso, o ministério anunciou a incorporação de um teste inovador para detecção de HPV no SUS, permitindo rastreamento do câncer do colo do útero de forma mais precisa e espaçada. Apesar das medidas preventivas, o câncer de colo do útero permanece como uma das principais causas de morte por câncer em mulheres, destacando a necessidade contínua de programas de prevenção e conscientização.
