Nesta quinta-feira (18), o Paquistão realizou ataques contra militantes separatistas Baloch dentro do território iraniano, em retaliação aos ataques iranianos a bases de outro grupo dois dias antes. O Ministério das Relações Exteriores paquistanês afirmou que a operação visava esconderijos terroristas, resultando na morte de vários terroristas.
A mídia iraniana relatou que mísseis atingiram uma aldeia na província de Sistão-Baluchistão, matando pelo menos nove pessoas, incluindo mulheres e crianças não iranianas. Esses eventos representam as intrusões transfronteiriças mais visíveis entre os dois países em anos, ocorrendo em meio às crescentes preocupações com a instabilidade no Oriente Médio desde o início da guerra entre Israel e o Hamas.
O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão assegurou total respeito à soberania do Irã, descrevendo os ataques como uma série de operações altamente coordenadas contra alvos específicos. Autoridades paquistanesas alertaram sobre um estado de alta alerta e a prontidão para responder com força a qualquer provocação iraniana.
O Irã condenou veementemente os ataques, convocando o encarregado de negócios do Paquistão em Teerã para prestar explicações. Enquanto isso, o primeiro-ministro interino do Paquistão, Anwaar-ul-haq Kakar, interrompeu sua visita ao Fórum Econômico Mundial em Davos e retornará ao país, destacando a gravidade da situação nas relações bilaterais.