O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigue, anunciou hoje que o contrato assinado com Dorival, o novo técnico da Seleção Brasileira, se estenderá até depois do Mundial de 2026, marcado para acontecer nos Estados Unidos, México e Canadá. Em sua primeira coletiva como comandante da equipe, Dorival fez um retrospecto de sua trajetória no futebol e abordou os desafios que terá pela frente.
Dorival, aos 62 anos e com duas décadas de experiência como treinador, expressou sua honra em representar a seleção brasileira, destacando a necessidade de resgatar a mentalidade vencedora que sempre caracterizou o futebol do país. O novo técnico afirmou que o momento atual, apesar de difícil, não é impossível de ser revertido e convocou a colaboração de todos para encontrar soluções.
Em relação à mudança de postura, Dorival enfatizou a importância do comprometimento e responsabilidade dos jogadores convocados. Diante da sexta posição nas Eliminatórias da Copa do Mundo, o técnico propôs uma abordagem mais emocional e postural, buscando uma transformação que transcende apenas nomes.
O cronograma da Seleção inclui três amistosos contra Espanha, Inglaterra e México, além da participação na Copa América em junho nos Estados Unidos e novas rodadas das Eliminatórias em setembro. Dorival indicou que suas convocações visarão os melhores jogadores, tanto no Brasil quanto no exterior, incluindo Neymar, atualmente em recuperação de uma cirurgia no joelho.
Sobre Neymar, o treinador esclareceu que não tem problemas com o jogador, relembrando um desentendimento ocorrido em 2010 quando comandava o Santos. Dorival ressaltou que o Brasil precisa aprender a jogar sem Neymar, mas reconheceu a qualidade do atacante, prevendo seu retorno à seleção após a recuperação.
Dorival também abordou seu estilo de jogo, apelidado de “feijão com arroz”, destacando sua versatilidade ao longo das passagens por diferentes equipes. O técnico, bicampeão da Copa do Brasil e vencedor da Libertadores, encerrou a coletiva enfatizando que seu retorno a grandes clubes não foi por acaso, mas sim resultado do legado deixado em cada passagem.