No final da tarde desta sexta-feira (5), o mundo do futebol e os corações dos brasileiros se entristeceram com a notícia do falecimento de Mário Jorge Lobo Zagallo, aos 92 anos, no Rio de Janeiro. O ex-jogador, conhecido como o único tetracampeão mundial de futebol, deixou um legado inigualável que vai além das quatro conquistas.
A assessoria de Zagallo confirmou a triste notícia, destacando não apenas suas conquistas nos gramados, mas também sua notável trajetória como pai, avô, sogro, amigo e profissional exemplar. A nota de pesar publicada nas redes sociais do eterno tetracampeão ressalta sua importância como ídolo gigante e patriota.
Nota de Pesar
“É com enorme pesar que informamos o falecimento de nosso eterno tetracampeão mundial Mário Jorge Lobo Zagallo. Um pai devotado, avô amoroso, sogro carinhoso, amigo fiel, profissional vitorioso e um grande ser humano. Ídolo gigante. Um patriota que nos deixa um legado de grandes conquistas. Agradecemos a Deus pelo tempo que pudemos conviver com você e pedimos ao Pai que encontremos conforto nas boas lembranças e no grande exemplo que você nos deixa.”
Trajetória Marcante
Nascido em Atalaia (AL), Zagallo mudou-se para o Rio de Janeiro aos 8 meses, estabelecendo sua vida na Tijuca, bairro da Zona Norte que se tornaria inseparável de sua história. Das peladas no Maracanã à consagração nos campos, Zagallo trilhou uma carreira que o transformou em uma das maiores lendas do futebol mundial.
Sua ligação com as Copas do Mundo iniciou-se cedo, aos 18 anos, quando foi convocado para servir o Exército e presenciou a dolorosa derrota brasileira na final de 1950. No entanto, Zagallo reescreveu sua história, tornando-se tricampeão carioca pelo Flamengo nos anos 50.
Em 1958, escreveu um capítulo dourado ao conquistar a primeira Copa do Mundo para o Brasil, sendo apelidado de “Formiguinha” pela incansável dedicação em campo. Bicampeão em 1962, encerrou sua carreira como jogador em 1964, iniciando uma bem-sucedida trajetória como treinador, começando pelo Botafogo.
O auge veio em 1970, quando assumiu a seleção meses antes da Copa e levou o Brasil ao tricampeonato. Sua participação em 1994, como coordenador técnico, contribuiu para o tetra, e em 1998, como técnico, chegou à final da Copa, apesar da derrota para a França.
Além de suas contribuições no cenário nacional, Zagallo treinou grandes clubes cariocas e seleções internacionais, deixando sua marca por onde passou. Seu famoso lema “Vocês vão ter que me engolir!” ficará eternamente gravado na memória dos amantes do futebol.
Zagallo, com seu carisma e paixão pelo jogo, permanecerá vivo nas lembranças dos brasileiros como uma verdadeira lenda, cujo nome tem o peso de 13 letras, uma marca simbólica para o eterno patriota.
