Violência persistente: 90 dias de ataques em Gaza sem sinais de trégua

Palestinos enfrentam mais uma onda de ataques israelenses, com dezenas de mortos e feridos

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A Faixa de Gaza completa hoje, quinta-feira (4), 90 dias de intensos ataques israelenses, sem qualquer sinal de abrandamento. Nas últimas horas, dezenas de palestinos perderam a vida ou ficaram feridos, conforme relatos da agência palestina Wafa. Crianças e mulheres estão entre as vítimas dos ataques que persistem por terra, mar e ar.

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Em Khan Younis, no Sul da Faixa de Gaza, pelo menos 14 pessoas morreram em um ataque à casa de uma família palestina que abrigava deslocados internos. Caças israelenses também atingiram zonas agrícolas, resultando em pelo menos seis mortes nesse ataque aéreo.

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As instalações da Sociedade do Crescente Vermelho Palestino em Khan Younis não foram poupadas, sofrendo um ataque que deixou um morto e um número indeterminado de feridos. Além disso, o campo de refugiados de Al-Maghazi e a cidade de Al-Masdar, no centro da Faixa de Gaza, foram alvo de ataques que, segundo a Wafa, causaram dezenas de mortes, com pessoas ainda desaparecidas sob os escombros.

Em 90 dias de conflito, o número de mortos na Faixa de Gaza ultrapassou os 22,3 mil, incluindo 9,6 mil crianças e pelo menos 6,7 mil mulheres. O número de desaparecidos é estimado em cerca de 7 mil.

Enquanto isso, na fronteira com o Líbano, o chefe do Estado-Maior do Exército israelense, Herzi Halevi, deslocou-se para a região em um momento de preparação intensa. As Forças de Defesa de Israel concentram-se na fronteira Norte, respondendo aos recentes eventos, incluindo o ataque em Beirute que resultou na morte do número dois da cúpula política do Hamas, Saleh al-Arouri.

As tensões persistem, com as forças israelenses atacando posições do Hezbollah no Líbano em resposta ao lançamento de foguetes a partir do Sul do país vizinho. O Hezbollah prometeu não deixar o ataque ao Hamas impune, enquanto o líder do movimento, Hassan Nasrallah, não detalhou planos de retaliação concreta. O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, anunciou uma queixa ao Conselho de Segurança da ONU, acusando Israel de atacar a soberania libanesa. O Exército israelense, no entanto, não assumiu a responsabilidade pelo ataque, declarando-se preparado para “qualquer cenário”.

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