Marcelinho Carioca fala sobre sequestro sob forte emoção e denuncia coerção em vídeo

Ex-jogador revela detalhes do sequestro, nega envolvimento com amiga e critica cobertura da imprensa

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Foi com as emoções à flor da pele que Marcelinho Carioca, ex-jogador e ídolo do Corinthians, se pronunciou diante da imprensa na noite desta segunda-feira (18), após prestar depoimento à Delegacia Antissequestro (DAS), no centro de São Paulo. O atleta estava desaparecido desde domingo (17) e foi resgatado pela polícia em uma residência em Itaquaquecetuba, na região metropolitana.

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Marcelinho relatou que foi sequestrado após sair de um show do cantor Thiaguinho, no estádio do Corinthians. Os sequestradores, segundo ele, exigiram dinheiro e a senha de seu telefone, colocando-o sob ameaça constante. “Não é fácil ter um revólver apontado para você a todo momento”, desabafou o ex-jogador.

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O episódio ocorreu quando Marcelinho, ao retornar para casa no Arujá, decidiu passar na rua de uma amiga para entregar ingressos. “Fui abordado por três indivíduos três ruas depois, levei uma coronhada na cabeça, e tudo aconteceu muito rápido”, contou emocionado.

O ex-atleta acredita que não foi reconhecido imediatamente pelos sequestradores, pois o carro era filmado, e a abordagem foi motivada pela presença do veículo em uma região próxima a uma festa de comunidade.

Marcelinho revelou que, durante o cativeiro, foi obrigado a gravar um vídeo, divulgado nas redes sociais, no qual afirmava ter um caso com uma amiga, Taís, e que o marido dela seria o responsável pelo sequestro. No entanto, após ser ouvido pela polícia, negou categoricamente tal relação, alegando coerção por parte dos criminosos.

O ex-jogador criticou a cobertura da imprensa, ressaltando a importância da veracidade dos fatos e pedindo cautela antes de divulgar informações. “Antes de inventar, apurem. A Taís é minha amiga há três anos. Conheço o ex-marido dela, o Márcio, e os dois filhos dela”, afirmou.

A polícia anunciou a prisão de cinco pessoas suspeitas de participação no sequestro, sendo três homens e duas mulheres encontrados na casa onde Marcelinho estava. Uma sexta pessoa foi conduzida como testemunha. O delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, afirmou que as investigações prosseguem para esclarecer o ocorrido e apontou Marcelinho e Taís como vítimas do sequestro, destacando a possibilidade de coerção nas declarações gravadas em vídeo. Cerca de R$ 40 mil foram sacados da conta do ex-jogador, e as autoridades continuam apurando a suspeita de envolvimento de outras pessoas no caso.

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