A próxima edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), agendada para janeiro de 2024, traz consigo significativas mudanças devido à recente sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lei de Cotas. As alterações, anunciadas nesta segunda-feira (13), pelo Ministério da Educação (MEC), prometem reformular o processo seletivo, valorizando o desempenho dos estudantes e ampliando a inclusão no ensino superior.
De acordo com o MEC, a principal modificação reside na classificação inicial de todos os candidatos inscritos no Sisu para as vagas de ampla concorrência. Antes, os cotistas competiam exclusivamente pelas vagas destinadas às cotas, mesmo se obtivessem pontuações competitivas na modalidade de ampla concorrência. Essa revisão visa reconhecer e valorizar o esforço de todos os estudantes, independentemente do critério de seleção.
A Lei de Cotas também redefine o critério de renda familiar, reduzindo-o para um salário mínimo, atualmente em R$ 1.320. Anteriormente, a exigência era de um salário mínimo e meio por pessoa da família. Essa mudança visa ampliar o acesso ao ensino superior, tornando-o mais acessível para um maior número de estudantes.
Outras inovações incluem a inclusão dos estudantes quilombolas como beneficiários das cotas, seguindo a tendência já estabelecida para pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência (PcDs). Além disso, a nova legislação prioriza os cotistas no recebimento do auxílio estudantil e estende as políticas afirmativas para a pós-graduação, reforçando o compromisso com a equidade e diversidade no cenário acadêmico.