A Petrobras divulgou nesta quinta-feira (9) seu balanço financeiro referente ao terceiro trimestre de 2023, revelando um lucro líquido de R$ 26,6 bilhões. Apesar de expressivo, o resultado apresentou uma queda de 42% em relação ao mesmo período do ano anterior e uma redução de 7,5% na comparação com o segundo trimestre deste ano. A desvalorização do real em relação ao dólar foi apontada como o principal fator impactante.
Em comunicado, a estatal observou que, mesmo diante dos desafios cambiais, os números refletem a manutenção de desempenhos robustos. Destaque para o Ebitda, que atingiu R$ 66,2 bilhões, crescendo 17% em relação ao segundo trimestre de 2023 e alcançando a sexta melhor marca trimestral na história da Petrobras. O resultado foi impulsionado pela valorização do preço do petróleo no mercado internacional, crescimento nas exportações, aumento das vendas de derivados no mercado interno e redução nas importações de Gás Natural Liquefeito (GNL).
A divulgação dos resultados financeiros foi acompanhada do anúncio de uma distribuição de R$ 17,5 bilhões aos acionistas, compreendendo dividendos e juros sobre capital próprio.
O relatório também revelou que a dívida bruta da Petrobras atingiu US$ 61 bilhões, representando um aumento de 5% em relação ao trimestre anterior. A empresa justificou a variação pela entrada em operação da plataforma Anita Garibaldi na Bacia de Campos, resultando no aumento simultâneo de ativos e dívidas. A Petrobras ressaltou que o aumento do endividamento não está associado a captações de dívida financeira, mantendo-se alinhado ao seu Plano Estratégico e financiando suas obrigações com o fluxo de caixa operacional.
No terceiro trimestre, a Petrobras destinou um total de R$ 56,5 bilhões em tributos para União e entes estaduais e municipais, além de repasses que totalizaram R$ 9 bilhões para a União, relativos a dividendos aprovados anteriormente.
Além do aspecto financeiro, a empresa divulgou o relatório de produção do terceiro trimestre, destacando um crescimento de 9% em relação ao segundo trimestre, com a produção própria no pré-sal alcançando um novo recorde trimestral de 2,25 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), representando 78% da produção total da Petrobras.
