O Fluminense escreveu um capítulo memorável em sua trajetória no futebol sul-americano ao se consagrar campeão da Copa Libertadores da América pela primeira vez. O Maracanã testemunhou uma final eletrizante neste sábado, onde o time carioca, sob o comando do técnico Fernando Diniz, derrotou o argentino Boca Juniors por 2 a 1 na prorrogação. O gol do título continental saiu no primeiro tempo da prorrogação, dos pés de John Kennedy. Durante o tempo regulamentar, o jogo terminou empatado em 1 a 1, com o atacante argentino Germán Cano abrindo o placar para o Fluminense e o lateral-direito Advíncula empatando na segunda etapa.
O Fluminense teve que esperar 15 anos desde sua última participação em uma final de Libertadores, quando em 2015 perdeu nos pênaltis para a LDU equatoriana. No entanto, a história foi completamente diferente neste sábado no Maracanã. Além do título que garante uma premiação total de quase R$ 95 milhões, o Fluminense também assegurou sua vaga na Libertadores do próximo ano, presença no Mundial de Clubes deste ano e um lugar no Super Mundial de Clubes da Fifa em 2025. Com essa vitória, o Brasil agora soma cinco títulos consecutivos na Libertadores. Nas edições anteriores, os troféus foram conquistados pelo Flamengo em 2019 e 2022 e pelo Palmeiras em 2020 e 2021.
No primeiro tempo, o Fluminense dominou a posse de bola, mesmo diante de uma defesa sólida do time argentino. O Tricolor carioca finalizou cinco vezes, com destaque para a tentativa de Cano aos 15 minutos, após uma cobrança de falta de Marcelo. No entanto, o goleiro Romero defendeu com segurança. Dois minutos depois, Merentiel do Boca Juniors quase surpreendeu a torcida tricolor com um chute de longa distância, mas o goleiro Fábio fez uma defesa incrível. Aos 26 minutos, Cano tentou marcar um gol de bicicleta, mas não teve sucesso. No entanto, o artilheiro conseguiu inaugurar o marcador no Maracanã após uma bela jogada com Arias, comemorando seu 13º gol na Libertadores.
No segundo tempo, o Boca Juniors tomou o controle da partida, avançando sua linha de marcação e dificultando a saída de bola do Fluminense. Aos quatro minutos, Fabra cruzou para Merentiel, que desviou para Medina, mas este chutou mal e permitiu a defesa de Fábio. Seis minutos depois, o lateral-direito Advíncula, do Boca, avançou pela direita e mandou um chute perigoso à esquerda do gol tricolor. Apenas três minutos depois, novamente em uma jogada pela direita, Advíncula recebeu de Medina e chutou certeiro no canto esquerdo, empatando o jogo em 1 a 1. No final do segundo tempo, Merentiel quase virou o placar com um chute potente quase do meio de campo, que passou perto da trave esquerda. Nos acréscimos, Lima rolou para Diogo Barbosa, que ficou cara a cara com o goleiro Romero, mas acabou chutando para fora.
Na prorrogação, o Fluminense partiu com tudo para o ataque, e John Kennedy, que havia entrado nos minutos finais do tempo regulamentar, se tornou o herói ao marcar o gol do título. A jogada começou com Diogo Barbosa, que lançou a bola para Keno cabecear para Kennedy, que não desperdiçou a chance de balançar as redes. Na comemoração, Kennedy recebeu um cartão vermelho por sua empolgação, enquanto do lado argentino, Fabra também foi expulso por desferir um tapa no rosto de Nino, o capitão do Fluminense. O VAR interveio, e Roldán anotou um cartão vermelho para o lateral-esquerdo do Boca.
No segundo tempo da prorrogação, o Boca Juniors pressionou os brasileiros, mas Fábio, o goleiro do Fluminense, que estava completando sua 100ª partida na Libertadores, fez a diferença com defesas cruciais. Aos cinco minutos, ele segurou um chute perigoso de Taborda de fora da área. Aos oito minutos, em um contra-ataque, Arias lançou Guga, que acertou a trave com um poderoso chute. O Fluminense manteve sua defesa sólida até o apito final, garantindo a conquista do título inédito da Libertadores.