A Polícia Civil do Rio de Janeiro efetuou a recuperação de oito das 21 metralhadoras que haviam sido furtadas do Arsenal de Guerra de São Paulo. Estas armas, que haviam desaparecido da unidade localizada na cidade de Barueri, foram encontradas dentro de um veículo roubado no bairro Gardênia Azul, situado na zona oeste da capital fluminense.
O desaparecimento dessas armas, de alto poder letal, foi notado durante uma inspeção realizada em 10 de outubro, levando o Comando Militar do Sudeste a determinar o aquartelamento dos militares da unidade e a abertura de uma investigação para apurar o ocorrido. Cerca de 160 militares encontram-se atualmente impedidos de deixar o Arsenal de Guerra. Até o momento, nenhum militar foi preso, de acordo com o Comando Militar do Sudeste.
O Arsenal de Guerra de São Paulo é uma unidade técnica de manutenção responsável por avaliar armamentos inservíveis e decidir se a recuperação é economicamente viável. Caso contrário, inicia-se o processo de desfazimento e destruição.
Das 13 metralhadoras calibre .50 que haviam desaparecido, quatro foram recuperadas. Essas armas são capazes de derrubar aeronaves. Além disso, quatro das oito metralhadoras calibre 7,62 que foram furtadas também foram encontradas.
O Exército anunciou que o diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo, responsável pelo quartel de Barueri, o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, será exonerado de sua função, mas não expulso das Forças Armadas. A decisão de sua exoneração foi tomada pelo comandante do Exército, Miguel Ribeiro Paiva.
O general de Brigada Maurício Vieira Gama, chefe do Estado Maior do Comando Militar do Sudeste, em entrevista coletiva, confirmou que pode haver militares envolvidos no furto das armas e que “dezenas” deles receberam formulários de apuração disciplinar, tendo um prazo para apresentar suas defesas.
Gama afirmou que todos os procedimentos no Arsenal estão sendo revisados para identificar onde ocorreu a falha, e os militares responsáveis por essa lacuna serão responsabilizados. Os militares temporários envolvidos no furto serão expulsos das Forças Armadas, enquanto os de carreira serão encaminhados a um conselho de sanções. Além disso, os responsáveis responderão na esfera criminal perante a Justiça Militar.
Nas redes sociais, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, parabenizou os policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes pela apreensão das armas e destacou os esforços contínuos das forças estaduais de segurança no combate ao crime. Ele assegurou que o Estado não recuará no enfrentamento às organizações criminosas, enfatizando o compromisso de prender líderes e asfixiar financeiramente essas máfias.