Em um evento realizado hoje em Teresina, no Piauí, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo por um pedido de desculpas à ex-presidenta Dilma Rousseff pelo processo de impeachment que ela enfrentou em 2016. O pedido ocorre após o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, com sede em Brasília, ter mantido por unanimidade a decisão que arquivou uma ação de improbidade contra Dilma, relacionada ao caso das “pedaladas fiscais”.
Lula expressou sua opinião de que a injustiça cometida contra Dilma merece reconhecimento e retratação. “Eu acho que algum pedido de desculpas, em algum momento, alguém tem que fazer. Não é possível que você inventa uma mentira, você derruba uma presidenta, você destrói parte do Brasil, depois a Justiça diz que aquele crime não existiu e ninguém pede desculpa”, afirmou Lula, ressaltando também os danos causados à imagem de Dilma durante esses anos.
O ex-presidente comentou sobre o desfecho judicial recente: “Eu não sei como é que fica a situação política brasileira, porque a Dilma foi condenada por uma pedalada e, agora, a Justiça Federal de Brasília absolveu a Dilma, diz que ela não cometeu o crime. Obviamente que ela não pode querer voltar para o governo, porque eu não vou sair para ela entrar, ela vai ter que esperar”, brincou Lula.
A decisão do TRF foi proferida após a 10ª Turma do Tribunal julgar uma apelação do Ministério Público Federal (MPF) contra a decisão de primeira instância que havia arquivado a ação contra os acusados. A acusação dizia respeito ao suposto uso de bancos públicos para maquiar resultados fiscais, um caso que ficou conhecido como “pedaladas fiscais” e que serviu de base para o processo de impeachment de Dilma Rousseff.
A presença de Lula em Teresina também teve um viés de anúncios importantes. Durante o evento, o presidente anunciou os investimentos do Novo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) no estado e, no encerramento do dia, revelou um novo programa com o objetivo de erradicar a fome, reduzir a pobreza e a insegurança alimentar e nutricional no Brasil.