O presidente Vladimir Putin da Rússia determinou que os soldados do Grupo Wagner, uma organização mercenária de destaque, devem prestar um juramento de lealdade ao Estado russo. Essa ação ocorreu em meio a uma série de eventos desencadeados pela queda de um avião que alegadamente levava Yevgeny Prigozhin, o suposto líder do grupo, que teria perdido a vida em um trágico acidente.
O decreto assinado por Putin entrou em vigor na sexta-feira (25), como uma resposta direta às alegações vindas do Ocidente, que sugeriram que Prigozhin teria sido morto sob as ordens do Kremlin. O governo russo categoricamente rejeitou essas acusações, rotulando-as como uma “mentira absoluta”. O Kremlin, no entanto, manteve cautela em confirmar oficialmente a identidade do líder mercenário, citando a necessidade de aguardar os resultados dos testes para obter uma confirmação conclusiva.
De acordo com a autoridade de aviação da Rússia, o acidente fatal envolvendo um avião privado ocorreu na noite de quarta-feira (23), a noroeste de Moscou, resultando em uma tragédia sem sobreviventes. Intrigantemente, o acidente ocorreu exatamente dois meses após Prigozhin liderar, sem sucesso, um motim contra altos comandantes do Exército russo.
Em meio à especulação e ao luto pelas vítimas do acidente aéreo, o presidente Putin endereçou suas condolências às famílias das vítimas e fez uma análise retrospectiva de Prigozhin. Ele fez referência a “informações preliminares” que sugeriam a morte de Prigozhin e de seus principais associados do Grupo Wagner. Embora tenha elogiado as ações passadas de Prigozhin, o presidente não deixou de reconhecer os “erros sérios” cometidos pelo suposto líder mercenário.
A exigência de Putin de que os membros do Grupo Wagner, assim como outros grupos militares terceirizados, prestem um juramento de lealdade, sinaliza um claro movimento do governo para exercer um controle estatal mais rígido sobre essas organizações. Essa medida pode ter implicações significativas para o cenário de segurança e política internacional, despertando questionamentos sobre o papel desses grupos e a relação com o governo russo.