A Caixa Econômica Federal iniciou nesta quinta-feira (20) o pagamento da parcela de julho do Bolsa Família para os beneficiários que possuem o Número de Inscrição Social (NIS) terminado em 3. Essa é a segunda parcela com o novo adicional de R$ 50 destinado a famílias que possuem gestantes e filhos entre 7 e 18 anos de idade, proporcionando um incremento financeiro importante para essas famílias.
Além disso, desde março, o programa passou a pagar outro adicional de R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos de idade, totalizando um benefício que poderá chegar a R$ 900 para aqueles que preenchem os requisitos para receber os dois adicionais.
Com esse aumento nos adicionais, o valor médio do benefício do Bolsa Família alcança a marca de R$ 684,17, superando o valor mínimo de R$ 600 estabelecido anteriormente. Essa medida busca proporcionar um auxílio mais significativo para as famílias em situação de vulnerabilidade.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, o programa beneficiará neste mês de julho um total de 20,9 milhões de famílias, representando um investimento de aproximadamente R$ 14 bilhões em transferência de renda.
Uma mudança significativa no programa é a integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Esse cruzamento de informações permitiu o cancelamento de 341 mil famílias do programa que possuíam renda acima das regras estabelecidas. Por outro lado, outras 300 mil famílias foram incluídas em julho, graças à política de busca ativa que visa identificar as pessoas mais vulneráveis que têm direito ao benefício, mas ainda não o recebem.
O programa ainda conta com a chamada “regra de proteção”, que permite que famílias que aumentem sua renda e consigam emprego recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Quase 2,2 milhões de famílias estão enquadradas nessa regra, e o benefício médio para elas é de R$ 378,91.
Essas mudanças fazem parte da reestruturação do programa, que retomou o nome de Bolsa Família desde o início do ano. O valor mínimo garantido foi de R$ 600 após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, permitindo o gasto de até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos neste ano, com R$ 70 bilhões destinados para custear o benefício.
Vale ressaltar que, em virtude do combate a fraudes, o governo realizou um pente-fino no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), cortando o benefício de cerca de 3 milhões de pessoas com inconsistências no cadastro.
Por fim, o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias cadastradas no CadÚnico, não ocorrerá neste mês, sendo retomado somente em agosto. Para receber esse benefício, é necessário que pelo menos um membro da família receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC), com prioridade para mulheres responsáveis pela família e mulheres vítimas de violência doméstica.
